Ataque informático. SNS desliga e-mails por precaução

O Ministério da Saúde nega qualquer incidente e diz que “na saúde não podemos correr riscos”. 

O órgão que gere os serviços do Ministério da Saúde desligou o sistema de e-mails durante a tarde como medida preventiva para evitar que a mais recente pandemia de vírus informáticos atinja o Serviço Nacional de Saúde. Em declarações ao jornal "Público", Henrique Martins garante, no entanto, que não se registou qualquer incidente. 

"Na saúde não podemos correr estes riscos", disse o responsável dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, respondendo ao vasto ataque cibernético que esta terça-feira atingia centenas de computadores, empresas e alguns órgãos governamentais, sobretudo no leste da Europa. Henrique Martins diz que as medidas serão reavaliadas de noite. 

O ataque desta terça-feira repete a estratégia do vírus WannaCry, que em maio infetou dezenas de milhares de computadores em mais de cem países. O novo vírus, ainda não identificado consensualmente, congela os sistemas operativos até que o utilizador pague um resgate de 300 dólares para uma conta que funciona com moeda digital. 

A Ucrânia é o país mais atingido, mas há empresas importantes e estruturas públicas infetadas também na Rússia e Holanda, por exemplo. O Banco Central ucraniano foi atingido, o sistema de metro da capital também e a empresa estatal de energia ficou igualmente paralisada. Na Rússia, a gigante petrolífera Rosneft e uma sua filial foram também atingidas.