Incêndio em Pedrógão Grande: Costa diz que zona vai servir de “território piloto”

Costa diz que esta foi “a maior tragédia humana do Portugal democrático”

O primeiro-ministro António Costa afirmou esta quarta-feira, durante o debate quinzenal, que a zona devastada pelo incêndio de Pedrógão Grande será o “território piloto” para implementar reformas de fundo.

"Ainda hoje tive uma reunião de trabalho onde foi feito o ponto de situação sobre as necessidades de reconstrução, o que está a ser feito e o levantamento de outras necessidades colectivas", esclareceu Costa, explicando que será na zona de Pedrógão Grande que serão implementadas duas medidas novas: a reflorestação vegetal e a dinamização socio-económica do interior.

"Reconstruir neste caso não pode ser refazer o que existia. Significa reordenar e revitalizar", defendeu o primeiro-ministro.

Entre as medidas a tomar, Costa destacou a necessidade de criar "uma floresta que seja resiliente, fonte de riqueza e não de ameaça", o que implica a criação de "entidades de gestão florestal" .

António Costa afirmou que esta foi “a maior tragédia humana do Portugal democrático" – “Tivemos milhares de incêndios, nunca nenhum tão trágico (…) Se fizermos [a reforma da floresta ] acho que honraremos bem a memória dos que não podemos esquecer", afirmou o primeiro-ministro, salvaguardando o facto de os efeitos da reforma só serem visíveis daqui a alguns anos.

A reposta de Costa surgiu depois de Pedro Passos Coelho, líder do PSD, ter afirmado, no arranque do debate, que a investigação que deve ser feita não serve para “saber o que se passou nos ultimos 40 anos" e que "não se pode dizer que vários governos não possam ter responsabilidade". No entanto, "não pode servir para concluir que a responsabilidade é de todas e por isso não é de ninguém", acrescentou. 

Notícia atualizada às 16h02