Portugal autorizado a fazer novo reembolso antecipado ao FMI

Fundo Europeu de Estabilidade Financeira diz que decisão coloca país numa melhor posição económica. 

Portugal autorizado a fazer novo reembolso antecipado ao FMI

O Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) já autorizou o pedido de Portugal para voltar a fazer pagamentos antecipados ao Fundo Monetário Internacional (FMI) no montante de 9,4 mil milhões de euros.  Esta iniciativa foi aplaudida pelo presidente do mecanismo: “saúdo a intenção de Portugal de fazer reembolsos antecipados relativos ao empréstimo junto do FMI e estou satisfeito com o facto de o Conselho de Administração do FEEF ter decidido autorizar e apoiar este plano”, revelou.

De acordo com  Klaus Regling, esta nova devolução antecipada vai “baixar os custos do serviço da dívida de Portugal, melhorar a sustentabilidade da dívida e enviar um sinal positivo aos mercados quanto às condições de financiamento melhoradas” do país. Para o diretor do FEEF, que financiou 26 mil milhões de euros do resgate financeiro concedido a Portugal em 2011 – e é o maior credor internacional do país– diz que esta decisão é não só boa para Portugal como também para o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira” porque “ajuda a colocar Portugal numa melhor posição económica para honrar as suas obrigações futuras”.

Ao governo, Klaus Regling deixa um apelo: “Encorajo Portugal para que use qualquer espaço orçamental adicional, como o criado por este reembolso antecipado ou o que resultar do bom desempenho económico, para reduzir ainda mais o seu nível de endividamento”, reiterou.

A 23 de maio, na última reunião dos ministros das Finanças da zona Euro, o governo português pediu autorização aos seus parceiros europeus para pagar antecipadamente ao FMI cerca de 10 mil milhões de euros dos empréstimos concedidos durante o programa de assistência financeira. 

Nessa altura, o secretário de Estado das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, revelou que ao pagar antecipadamente ao FMI, Portugal consegue “fazer uma gestão dos pagamentos mais equilibrada no futuro”, o que iria permitir “facilitar seguramente o financiamento”, e ao mesmo tempo, permitiria ter “uma gestão da maturidade da dívida adequada e com um custo incomparavelmente mais reduzido”.