PJ deteve 12 militares da Força Aérea por suspeita de corrupção

No total foram detidas hoje de manhã 16 pessoas, das quais 12 são militares. Um dos detidos é major-general e outro é tenente-coronel. Em causa está a suspeita de crimes de corrupção passiva e ativa, abuso de poder e falsificação de documentos, num esquema de venda de alimentos às messes militares. O Estado terá sido lesado em…

PJ deteve 12 militares da Força Aérea por suspeita de corrupção

A PJ deteve mais 12 militares da Força Aérea e quatro empresários ligados às messes militares por suspeitas de corrupção passiva e ativa, abuso de poder e falsificação de documentos. Um dos detidos será major-general e o outro tenente-coronel.

Em causa está a sobrevalorização dos preços cobrados à Força Aérea no fornecimento das messes militares, que terão lesado o Estado em mais de dez milhões de euros.    

Estas 16 detenções no âmbito da Operação Zeus, somam-se aos seis militares detidos em novembro de 2016, um major, dois capitães e três sargentos, sendo que alguns ficaram em prisão preventiva e outros com termo de identidade e residência.

Em causa, explica em comunicado a PJ, está a suspeita de “sobrefaturação de bens e matérias-primas para a confeção de refeições nas messes da Força Aérea” com a “posterior divisão entre os militares e os empresários do saldo relativo à diferença entre o valor da fatura original”. Ou seja, os militares distribuíam entre si a receita que resultava da diferença do valor cobrado pela venda dos produtos alimentares e do valor sobrefaturado ao Estado.

As detenções ocorreram após a realização de buscas nos distritos de Lisboa, Porto, Santarém, Setúbal, Évora e Faro, durante as quais foram ainda apreendidos documentos e material relacionado com a atividade criminosa em investigação.

A PJ diz ainda que a investigação, que está a decorrer há um ano e meio, vai continuar para que sejam recolhidas mais provas.