Insolvências caem, novas empresas sobem no primeiro semestre

Em junho, o aumento mais significativo de insolvências foi registado no distrito de Lisboa.

O número total de empresas insolventes no primeiro semestre do ano é inferior em 4,3% ao valor registado em igual período do ano passado. De um valor absoluto de 3.886 insolvências nos primeiros seis meses de 2016, passou-se para um total de 3.717 em 2017. Apenas no mês de junho, comparativamente ao período homólogo de 2016, a diminuição foi de dois dígitos, atingindo os 11,4%, revelam os dados da Iberinform.

Em junho, o aumento mais significativo de insolvências foi registado no distrito de Lisboa que passou de 979 para 1.077 empresas insolventes, mais 98 do que em 2016 (aumento de 10%). O Porto também apresentou um valor elevado (748 empresas), mas o número de insolvências diminuiu 10,4% face a 2016. Os distritos de Braga e Coimbra apresentaram decréscimos significativos, com menos 21,8% e 27,6% respetivamente. Em sentido oposto, os distritos que revelaram aumentos mais notórios foram Faro (35,2%) e a Madeira (21,6%).

Por setores,apresentaram decréscimos de insolvências as atividades de comércio a retalho e por grosso, comércio de veículos, setor da construção e obras públicas, eletricidade, gás e água, indústria extrativa e transformadora e, por fim, o setor dos transportes. Entre estes, os decréscimos mais significativos foram registados na indústria extrativa (menos 25%) e no setor da eletricidade, gás água (redução de 18,8%). Os aumentos mais notórios foram assinalados nos setores das telecomunicações (acréscimo de 16,7%) e na hotelaria e restauração (mais 1,6%).

Novas empresas sobem

No primeiro semestre de 2017, as constituições de novas empresas aumentaram 6,3% face ao período homólogo. De um total acumulado de 20.490 novas empresas constituídas no final de junho de 2016 o país evoluiu para um acumulado de 21.790 constituições em junho deste ano, com mais 1.300 novas empresas a iniciar atividade no final do primeiro semestre deste ano. No mês de junho, o aumento foi de 4,2% face ao ano anterior, passando de um total parcial de 3.162 novas constituições para um valor comparativo atual de 3.295.

Na análise por distritos, de destacar os aumentos em Aveiro, Faro, Setúbal e Braga; estes dois últimos com acréscimos de 6,8% e 7,5% respetivamente.  

Em termos setoriais, foram sete aqueles que registaram acréscimos em junho de 2017 face ao ano anterior, sendo de salientar os aumentos no número de constituições nas áreas de telecomunicações (35,6%), agricultura, caça e pesca (24,9%) e eletricidade, gás e água (23,9%). Em polo oposto, quatro áreas de atividade registaram decréscimos no número de constituições, com as diminuições mais significativas a ocorrer na indústria extrativa (menos 36,8%), comércio a retalho (10%) e indústria transformadora (menos 7,5%).