Superbactéria está a ‘devorar’ o Titanic. Daqui a 14 anos pode não haver vestígios

Bactéria foi baptizada de Halomonas titanicae em homenagem ao navio que está a fazer desaparecer

O Titanic foi encontrado em bom estado de conservação em 1985, mais de 70 anos após o naufrágio que matou 1513 pessoas, por Robert Ballard, um oceanógrafo norte-americano.

As boas condições de preservação verificaram-se durante décadas, mas agora o navio, que em dia foi de luxo, está reduzido a um casco ferrugento e pode mesmo desaparecer na totalidade em pouco tempo

Tudo por culpa de uma bactéria que está a ‘devorar’ o Titanic a tal velocidade, que alguns investigadores, citados pela BBC, só lhe dão mais 14 anos de vida.

Em 2010, foram recolhidas amostras da ferrugem que se estava a formar no navio e as análises revelaram uma espécie de bactéria superresistente, que entretanto, foi ‘batizada’ de Halomonas titanicae.

Mas a homenagem não foge à ironia: a ‘assassina’ ganhou o nome da sua maior vítima. A bactéria consegue sobreviver em condições extremas, água completamente escura e com uma pressão muito forte, que seriam inabitáveis para a maioria das formas de vida do planeta. Este tipo de bactéria é capaz de evoluir para fazer face às condições do meio onde está.

Recorde-se que o Titanic, agora a 3843m de profundidade e a 650 km a sudeste da Terra Nova no Canadá, foi pensado para ser o navio mais luxuoso e mais seguro de sua época, tendo começado a ser construído em 1909.

Em 1912, partiu na sua sua viagem de inauguração – Southampton, no Reino Unido, em direção a Nova Iorque, nos EUA -, mas dois dias mais tarde, à noite, viria a embater num iceberg, afundando na madrugada seguinte. A bordo seguiam mais de 1500 pessoas.