Jovens forçam mulher a fazer sexo oral em ataque transmitido no Facebook

A vítima foi repetidas vezes alvo de pancadas na cabeça, com os rapazes a gritarem “não o partas” neste ataque que ocorreu no Condado de Harrison, no Mississipi (EUA)

É o mais recente caso de um indescritível acto de violência sexual que é transmitido em directo para as redes sociais, onde várias pessoas assistiram ao momento em que uma jovem mulher era coagida a manter relações sexuais ao mesmo tempo que dois rapazes e uma jovem adulta lhe gritavam ordens e batiam repetidas vezes. O vídeo que acabou transmitido no Facebook mostra os momentos finais do ataque, depois de alegadamente a jovem ter sido forçada a praticar sexo oral com um dos rapazes.

Os três jovens agressores do Condado de Harrisson, no estado do Mississippi, foram entretanto detidos pelas autoridades na sequência do brutal ataque que foi testemunhado por várias pessoas no momento em que decorria. Nas imagens que chegaram aos computadores e telemóveis dos amigos, o vídeo expõe a vítima num momento em que era alvo de pancadas na cabeça, queixando-se de joelhos no chão, enquanto os atacantes lhe gritam: "não o partas". 

Hayleigh Alexis Hudson, a jovem de 19 anos, foi detida e acusada de rapto e abuso sexual, tal como Kadari Fabien Booker, de 17, enquanto Ezzie Johnson, 17 também, foi acusado apenas de rapto. Os dois rapazes serão julgados como adultos. A fotografia em cima mostra os três atacantes entretanto detidos.

Embora o vídeo tenha sido retirado do Facebook, está entretanto a ser partilhado noutras redes sociais. O ataque ocorreu na localidade de Gulport, na noite de terça-feira.

O ataque à jovem de 23 anos terá começado na casa-de-banho, onde Johnson alegadamente começou a filmá-la enquanto ela fazia sexo oral a outro homem. Um grupo de pessoas estaria na casa-de-banho e assistiram no momento em que ataque decorreu, mas a certa altura terão abandonado o local fechando a porta.

O "Clarion Ledger", um jornal local que teve acesso ao vídeo antes de este ser retirado do Facebook, diz que Hudson é visto a abrir a porta, com a vítima e o homem a quem fez sexo oral a deixarem a casa-de-banho e voltarem à sala de estar, sentando junto do resto das pessoas. É nesse momento que Hudson, Booker e Johnson começam a assediá-la, chamando-a de "puta".

É então que lhe exigem que repita o que fez no interior da casa-de-banho, de forma a que possam mostrá-la ao resto do mundo através dos canais das redes sociais. Face à recusa da jovem, outro homem pergunta-lhe se ela já está com vontade de voltar para a casa dela. A vítima diz que sim, mas Hudson corta-lhe a passagem, dizendo: "Ela não vai para casa enquanto a garganta dela não ficar cheia", relata o "Clarion Ledger".

Durante o resto do vídeo, Hudson exige à vítima que se lute com ela, e face à recusa desta agarra-a pela cabeça e bate-lhe repetidas vezes. A jovem é arrastada pelo chão, chorando, enquanto os outros gritam "não o partas, não o partas".

A vítima faz um esforço para fugir, tentando correr até à porta, mas é puxada de volta. Hudson terá sido das primeiras pessoas detidas assim que a polícia chegou ao local, por volta da meia-noite.

Na conferência de imprensa, o chefe da polícia de Gulfport, Leonard Papania, disse que previa que viessem a deter mais pessoas em consequência da investigação. Depois não apenas sublinhou que tinha sido Johnson a guardar o registo que ficará para a posteridade deste ataque, como criticou as pessoas que asistiram ao vídeo e o partilharam, mostrando preocupação para a tendência dos utilizadores do Facebook e outras redes sociais usarem estes meios para difundirem conteúdos inapropriados. "Estamos uma vez mais a testemunhar o lado negro das redes sociais", disse Papania. "Filmamos a dor e o sofrimento, depois partilhamos e ficamos a assistir uma e outra vez", adiantou, mostrando-se chocado com o "incrível número de visualizações e partilhas" que o vídeo teve antes de ser retirado.