Fogo em Alijó. Autarquia aponta falhas no SIRESP

O incêndio que começou de madrugada em Alijó já obrigou à evacuação de uma aldeia. O presidente da câmara aponta falhas no SIRESP

O fogo que atinge Alijó desde a madrugada já destruiu uma casa, várias viaturas e obrigou à evacuação da aldeia de Vila Chã. Foram retirados seis adultos e cinco crianças, devido à aproximação das chamas.
Apesar de ter sido dado como dominado durante a tarde, as chamas reacenderam e ontem à noite estavam ainda no local mais de 300 operacionais, apoiados por 92 veículos e dez meios aéreos. Um deles caiu durante a tarde na barragem de Alijó quando se reabastecia para voltar ao combate aos incêndios.
Este acidente ainda está por explicar e a Everjets, empresa que opera os helicópteros de combate aos fogos garantiu a substituição do aparelho e já anunciou que será instaurado um inquérito para averiguar as circunstâncias do acidente, do qual não resultaram vítimas. O piloto foi levado ao hospital, mas apenas por precaução, explicou a empresa, em comunicado.

Falhas de comunicação À semelhança do que aconteceu durante os incêndios que atingiram a zona centro do país há um mês, também ontem o SIRESP – sistema usado pelos bombeiros e por outras autoridades para comunicarem entre si – falhou. 
Em declarações ao “Público”, o presidente da Câmara de Alijó, Carlos Magalhães, estas falhas dificultam a articulação das equipas no terreno. “Estive duas horas sentado só a ouvir e apercebi-me que a comunicação falha: não sabemos exatamente onde está posicionada cada equipa, onde está a arder. Às tantas, só recorrendo aos telemóveis é que se consegue comunicar”, disse.

Mais incêndios Ontem à noite eram 99 os fogos ativos em todo o país. Nesse combate estavam 1104 operacionais no terreno, com o apoio de 354 viaturas e 17 meios aéreos.
Em Mangualde, uma das zonas afetadas, uma casa ficou destruída e alguns habitantes da zona de Contenças de Cima tiveram de ser retiradas. De acordo com o presidente da Câmara de Mangualde, João Azevedo, as localidades de Santiago de Cassurrães, Póvoa de Cervães, Abrunhosa-a-Velha, Póvoa de Cervães, Cunha Baixa e Abrunhosa do Mato “estão ameaçadas pelas chamas”.