Mais de um terço das vendas portuguesas é de empresas exportadoras

Firmas de perfil exportador foram responsáveis por 35,2% das vendas do tecido empresarial português. 

As empresas exportadoras têm um peso cada vez maior na economia portuguesa. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelados ontem, em 2015 existiam 22.976 sociedades classificadas com este perfil,  um aumento de 38,0% face a 2010.

Este tipo de sociedades representava 6,2% do número total de empresas, 23,3% do número de pessoas ao serviço e 35,2% do volume de negócios total das sociedades não financeiras em Portugal. 

Segundo o INE, “por comparação com 2010, houve um acréscimo da sua representatividade em 1,6% no número de sociedades, 4,7%  no número de pessoas ao serviço e 8,9%. no volume de negócios”.

Assim, e de acordo com a entidade estatística, no “período em análise a dimensão média destas sociedades em termos de volume de negócios e de pessoal ao serviço” foi de mais de cinco milhões de euros e 28 pessoas, o que compara com 621 mil  euros e seis pessoas para as sociedades sem esse perfil.

De acordo com o INE, “são sociedades com perfil exportador as que, em cada ano, reúnem as seguintes condições: pelo menos 50% do volume de negócios corresponde a exportações de bens e serviços; ou, pelo menos 10% do volume de negócios corresponde a exportações de bens e serviços superiores a 150 mil euros”.

Grandes empresas Entre as sociedades com este perfil, 55,8% do volume de negócios concentrou-se nas grandes empresas.

Enquanto nas microempresas menos de um em cada dez euros do volume de negócios vem de grupos que encaixam no perfil exportador, nas grandes empresas a percentagem passa os 43%.

O INE diz ainda que “as sociedades com perfil exportador são particularmente relevantes nos setores da Indústria e Transportes, representando em média mais de metade do volume de negócios dessas actividades no período 2010-2015”. 

Já no lado oposto estão o “alojamento e restauração e o comércio, setores onde estas sociedades representavam em média menos de 15% do volume de negócios.”