Produção de vinho em Portugal com previsão de crescimento de 10%

Volume global deverá chegar aos 6,6 milhões de hectolitros. Douro e Terras do Dão com maiores aumentos

A produção de vinho em Portugal deverá crescer cerca de 10% este ano atingindo os 6,6 milhões de hectolitros. De acordo com as previsões do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), o acréscimo global de produção “é sustentado pela maioria das regiões vitivinícolas, à exceção” de duas e “em geral, as uvas apresentam-se em bom estado fitossanitário, perspetivando-se vinhos de boa qualidade” em 2017/2018.

Em comunicado, o IVV destaca, ainda, que das 14 regiões vitivinícolas em que Portugal – país que tem a quarta maior área de vinha da Europa (199 mil hectares), numa tabela liderada por Espanha (941 mil), França (803 mil) e Itália (610 mil) – está dividido, só as Terras da Beira, devido “essencialmente a geada tardia no início de maio e também ao escaldão das uvas”, e as Terras de Cister, “influenciada pela ocorrência de geadas e quedas de granizo pontuais, no final de abril” são exceção ao aumento da produção.

De acordo com as previsões do IVV, é nas regiões do Douro e Porto e Terras do Dão que são esperados os maiores crescimentos de produção – 20%.

No Minho, os vinhos Verdes esperam um aumento de produção de 15% e em Trás-os-Montes é estimado um acréscimo na ordem dos 15%. Na Beira Atlântico, que inclui a denominação de origem Bairrada, a produção deverá crescer à volta dos 17%, enquanto em Lisboa e Vale do Tejo a subida deverá ser de 10%,  valor igual à região do Algarve. 

Na Península de Setúbal o aumento será de 5% e, no Alentejo, a perspetiva é de manutenção da quantidade, tal como nos Açores. Já a ilha da Madeira antecipa um aumento de 12%.

Em relação à quantidade, a região do Douro terá a maior produção, com 1,605 milhões de hectolitros, seguida de Lisboa que com 1,099 milhões de hectolitros ultrapassa a produção de 1,055 hectolitros da região do Alentejo. 

Exportações As exportações de vinho português somaram 732 milhões de euros no ano passado, um aumento em relação aos 727 milhões de euros de 2015. A perspetiva é que o setor mantenha este ano o ritmo de crescimento das vendas nos mercados externos, prevendo uma subida de cerca de 4%, para 744 milhões de euros.