Resultados provisórios dão vitória ao MPLA em todas as províncias

Partido no poder à beira da maioria qualificada com 64,5%. CASA-CE não confirma tendência de grande subida e UNITA reforça posição como segundo partido.

Resultados provisórios dão vitória ao MPLA em todas as províncias

A porta-voz da Comissão nacional Eleitoral, Júlia Ferreira, acaba de anunciar os primeiros resultados provisórios das eleições gerais em Angola, quando estão apuradas 65,53% das mesas e 63,74% dos votos.

Os resultados dão a vitória ao MPLA em todas as 18 províncias do país. Nestes resultados provisórios (com quase seis milhões dos 9,3 milhões de votos apurados), o MPLA surge com mais de 2,8 milhões de votos, correspondendo a 64,57% dos votos apurados.

A seguir, com pouco mais de um milhão de votos, surge a UNITA com 24,04% dos votos. Em terceiro lugar, está a CASA-CE, a grande distância, não confirmando em nada as sondagens que lhe davam a possibilidade até de ser a segunda maior força política. A coligação de Abel Chivukuvuku conseguiu 371.724 votos, correspondentes a 8,56%.

A confirmarem-se estes resultados, quando forem aprovadas todas as mesas, o MPLA fica à beira dos 66% que lhe dariam a maioria qualificada, um resultado que, mesmo assim, representa uma descida em relação aos 71,8% das eleições de 2012.

Pelo contrário, tanto a UNITA como a CASA-CE reforçam a sua votação, embora não tanto como as lideranças dos dois partidos vinham referindo, nem como os resultados compilados pelas duas formações davam conta.

No entanto, é de salientar que ainda há muitas mesas por apurar, nomeadamente em Luanda, onde apenas 29,37% das mesas foram escrutinadas até ao momento. É, aliás, em Luanda que o MPLA apresenta o pior resultado até agora, com 50,26% dos votos escrutinados, seguido da UNITA com 34,25% e a CASA-CE com 13,97%.

Em quase todas as províncias a UNITA é a segunda maior força política, com exceção de Cabinda, onde a lista liderada pelo ex-padre Jorge Congo ficou em segundo lugar, no Cuanza Norte, onde a coligação obteve 10,46% dos votos, contra 7,9% da UNITA, e no Namibe, onde suplantou em muito a UNITA, ficando com 16,21% contra 5,78%.