Jéronimo quer-se livrar do “fantasma” chamado Moody’s

O secretário-geral do PCP comentou a agência de rating no Avante

Jéronimo quer-se livrar do “fantasma” chamado Moody’s

"Precisamos de nos libertar desse fantasma que aparece como algo supremo que determina a nossa vida coletiva. Não decidem nada, quem pode decidir é o povo português". Foi assim que Jerónimo de Sousa reagiu ao facto de a agência Moody's ter alterado a sua perspetiva sobre a dívida pública portuguesa de estável para positiva.

O secretário-geral do PCP falava aos jornalistas na Festa do Avante, que marca a rentrée política do partido.

"São o capital multinacional, as transnacionais que determinam essas agências, que, além dessas considerações e dos conceitos, geralmente sempre acompanharam de recados em relação aos direitos dos trabalhadores e do povo português", afirmou o líder dos comunistas, na quinta da Atalaia. 

Num comunicado emitido ontem, o ministério das Finanças pronunciou-se diferentemente sobre o dito 'fantasma': "Esta decisão da Moody's vem juntar-se a um crescente reconhecimento por parte de vários atores institucionais e privados quanto à solidez da economia portuguesa", considerou o governo. Hoje, Jéronimo de Sousa não deu a mesma importância.