Nuno Amado sobre Novo Banco: “Temos obrigação de defender os interesses do Banco”

Para o presidente do BCP a decisão de avançar para tribunal contra o mecanismo de proteção dos ativos problemáticos do Novo Banco foi “muito equilibrada”.

Para o presidente do BCP a decisão de avançar para tribunal contra o mecanismo de proteção dos ativos problemáticos do Novo Banco foi “muito equilibrada".

"Temos obrigação de defender os interesses do Banco", sublinhou, adiantando que o processo "não tem qualquer efeito" na venda do Novo Banco à Lone Star, afirmou durante a cerimónia de comemoração dos 30 anos do BCP em bolsa, na Euronext.

Segundo o responsável, o BCP tinha a responsabilidade de ser diligente. E afirma: “A avaliação que fizemos face à informação que tínhamos – que não é completa – é que tínhamos a obrigação de clarificar alguns aspetos", esclareceu.

No entanto, salienta que, sabendo que havia outros interesses, a instituição financeira não pediu a suspensão da operação de venda do Novo Banco.

"Temos a obrigação de defender os interesses do banco e a decisão não tem qualquer efeito na operação do Novo Banco. Fizemos o que fizemos de forma equilibrada", acrescentou.

Ainda este fim-de-semana, assim que foi revelada esta decisão, o Banco de Portugal veio confirmar que este pedido de apreciação judicial não trava o negócio para a passagem do Novo Banco para as mãos do Lone Star.

"Tendo tomado conhecimento da comunicação do BCP, o Banco de Portugal sublinha que não há qualquer alteração no procedimento de venda do Novo Banco, nomeadamente no acordo assinado com o Lone Star e no calendário acordado", revelou o órgão regulador, daí a entidade liderada por Carlos Costa entender que o processo de alienação irá decorrer dentro dos prazos previstos.