A reação saiu pronta. Depois do grupo Cofina ter publicado no “Correio da Manhã” e no “Jornal de Negócios” um estudo de opinião em que 67% dos portugueses, por todo o território nacional, concordam com as suas afirmações, André Ventura, o candidato do PSD à Câmara Municipal de Loures reagiu.
No início de julho, o PS havia pedido a Passos Coelho que retirasse o apoio a Ventura depois de este ter criticado a minoria cigana por se “julgar acima do Estado de Direito”.
Em consequência da popularidade das suas afirmações, Ventura considera que “o Partido Socialista deve um pedido de desculpa aos portugueses, a menos que considere a ampla maioria dos portugueses racistas e xenófobos”.
Para Ventura, o PS tem “especial responsabilidade”, na medida em que “aproveitou oportunisticamente a situação para promover a candidata do partido em Loures, sem qualquer respeito pela opinião da vasta maioria do povo português”. Face a isto, “deveria, por isso, hoje mesmo, pedir desculpa e colocar o lugar à disposição”, afirma Ventura ao i sobre Ana Catarina Mendes, a número 2 dos socialistas que protagonizou essa conferência de imprensa de condenação ao PSD.
Mendes havia dito que o presidente do PSD, Passos Coelho, tinha “obrigação de cortar o mal pela raiz” ou tornar-se-ia “cúmplice de semear o discurso da intolerância, do racismo e da xenofobia”.
“Não está aqui apenas em causa o André Ventura, o PSD ou os resultados de Loures. É preciso deixar cair de uma vez por todas, à direita e à esquerda, o tabu e o estigma do politicamente correto para resolver os problemas dos portugueses. Ninguém, em Portugal, pode estar acima da lei”, remata.
