Facebook testa funcionalidade semelhante ao Tinder

Rede social diz que a nova ferramenta serve apenas para juntar amigos, mas é clara a inspiração nas plataformas de encontros íntimos

Ainda é só em Toronto, a maior cidade do Canadá, e na Nova Zelândia, mas já está a ser testada uma nova funcionalidade no Facebook. A ideia é promover encontros entre utilizadores do Messenger, a aplicação autónoma de conversação da rede social, e funciona apenas para utilizadores que já sejam amigos na rede social. Ainda assim, são claras as inspirações no Tinder, a popular aplicação de encontros íntimos.

“Enquanto estava a usar o Facebook no meu telemóvel na quarta-feira à noite, deparei-me com uma notificação que dizia ‘[Nome de um amigo] e 15 outros podem querer encontrar-se contigo esta semana'”, narra Jacob Dubé, jornalista da publicação online "Motherboard" que já teve acesso à ferramenta experimental.

Ao carregar na ligação descrita, abre-se uma página com fotografias dos amigos do Facebook, em que se pergunta se se quer encontrar com cada um deles, separadamente, durante a semana. O mecanismo de resposta é parecido com o do Tinder; no entanto, em vez de se deslizar uma fotografia de perfil para a esquerda ou para a direita, os utilizadores carregam em “sim” ou em “não”. A resposta é confidencial a menos que ambos carreguem em “sim”.

Contactado pela "Motherboard", uma responsável do Facebook explicou que o objectivo não é necessariamente facilitar encontros íntimos. "O Facebook é usado para fazer planos com os amigos. Por isso estamos a fazer um pequeno teste na aplicação para tornar isso mais fácil. E aguardamos ansiosamente o feedback dos utilizadores”, explicou a porta-voz da rede social saída da imaginação de Mark Zuckerberg.

Seja como for, este parece ser mais um caso em que o Facebook se foi inspirar noutras plataformas. Como aconteceu com o Stories, ferramenta criada e popularizada no rival Snapchat e posteriormente utilizada também pelo Instagram, e que já faz também parte da aplicação de conversação do Facebook, onde as “histórias” são fotografias ou vídeos que desaparecem 24 horas depois de serem publicadas. Esta não será também a primeira vez que os universos das plataformas de encontros íntimos e das redes sociais se cruzam: recentemente, foi relançada a aplicação Loveflutter, cujo fundamento é unir potenciais pares românticos com base nas mensagens que publicam no Twitter.