Enquanto o Conselho de Segurança da ONU decidia ontem pela restrição do fornecimento de petróleo e de derivados à Coreia do Norte, aprofundando mais as já fortes sanções de há um mês, na cidade chinesa de Yanji, na fronteira sino-norte-coreana, as agências de três bancos públicos chineses cumpriam a ordem de Pequim de suspender as transações através de contas de cidadãos norte-coreanos.
A notícia, avançada pelo “South China Morning Post” (SCMP), citando a agência Kyodo News, refere que o Bank of China, o China Construction Bank e o Agricultural Bank of China têm ordens para não aceitar novas contas de norte-coreanos, não permitir depósitos, nem transferências.
As contas não foram bloqueadas, dado que os seus titulares ainda podem retirar o dinheiro, mas qualquer outro serviço bancário foi suspenso pelas autoridades chinesas.
O site sul-coreano DailyNk acrescentou mais um banco a esta lista, o Industrial and Commercial Bank of China, e uma ordem: a de que as as contas dos norte-coreanos nos quatro bancos públicos chineses sejam encerradas. Uma medida que se estende a qualquer cidadão norte-coreano, seja ele funcionário consular, comerciante ou trabalhador.
Esta decisão chinesa vai acrescentar mais um aperto no já apertado garrote sancionatório imposto pela comunidade internacional, até porque a maioria das importações de combustível realizadas pela Coreia do Norte passam pelas suas contas bancárias na China.
No entanto, Lu Chao, diretor do Instituto de Estudos Fronteiriços da Academia de Ciências Sociais de Liaoning diz, citado pelo SCMP, que continuam a haver formas de os norte-coreanos darem a volta a esta proibição, através do uso de dinheiro ou de permuta.
