A certeza dada pelo ministro das Finanças é exatamente esta: “Todos os escalões de IRS vão sofrer um desagravamento fiscal no próximo ano”. A fórmula baseia-se em eliminar totalmente a sobretaxa de IRS e taxar menos os rendimentos do trabalho. “Aliás, vamos ter pelo terceiro ano consecutivo uma redução da carga fiscal sobre o trabalho”, sublinhou.
Discussão do Orçamento do Estado à parte, Centeno promete uma melhoria generalizada “da vida dos portugueses”. Até porque outro dos temas avançados durante a entrevista é o descongelamento de carreiras na função pública. Depois de recordar que estão congeladas há oito anos, admite que as reivindicações que estão a ser feitas pelos enfermeiros “vão estar enquadradas”.
Uma outra certeza avançada pelo responsável pela pasta das Finanças tem a ver com a situação da dívida pública. Vai reduzir-se e isso é “uma certeza”. A garantia é que, até ao final do ano, Portugal terá a maior redução de dívida pública dos últimos 19 anos, caindo para 127,7% do Produto Interno Bruto. Depois? “Depois continuará a cair de forma consecutiva”.
Para o ministro das Finanças, a recente decisão da Standard & Poor’s de retirar o rating de Portugal do ‘lixo’ é um “momento decisivo e marcante”. Agora, resta esperar que a Moody’s e a Fitch “façam o mesmo trajeto e alterem a classificação da dívida portuguesa”.
Sobre uma eventual ida para a presidência do Eurogrupo, Mário Centeno sublinhou que o objetivo é nacional e que o foco são as contas públicas. “O meu foco são as contas públicas portuguesas e assim vai continuar a ser, mesmo num possível dia em que Portugal possa ter a capacidade de presidir ao Eurogrupo”, sublinha.
