Fed mantém juros e anuncia retirada de estímulos

A Reserva Federal dos EUA (Fed) mantém as taxas de juro entre 1% e 1,25% e em outubro começa a reduzir de forma gradual os estímulos económicos. 

As decisões foram anunciadas depois de uma reunião de dois dias do comité de política monetária do banco central norte-americano, que, em comunicado, anunciou que vai deixar de reinvestir em obrigações do Tesouro e títulos hipotecários.

As medidas monetárias excecionais foram adotadas depois da crise financeira de 2008 para ajudar a economia a recuperar. A redução do balanço – avaliado em 4,5 biliões de dólares – começará em outubro.

O objetivo da Fed é introduzir, a partir do próximo mês, um limite ao montante a reinvestir de 6000 milhões de dólares por mês em títulos do Tesouro e de 4000 milhões de dólares por mês em títulos hipotecários.

Estes limites serão aumentados a cada trimestre até um máximo de 30000 milhões de dólares em obrigações do tesouro americanas e de 20000 milhões de dólares em títulos hipotecários.

Apesar de ter mantido a taxa de juro, a Fed admite que possa subir este ano. “O comité espera que as condições económicas evoluam de forma a garantir aumentos graduais da taxa de juro federal," refere uma nota emitida no fim da reunião.

O comité atualizou também as projecções. A perspetiva é mais três subidas, de 0,25% dos juros, no próximo ano e os responsáveis conta com um crescimento robusto e baixo desemprego. Os recentes furacões Harvey, Irma e Maria terão um impacto temporário na economia.

“Os distúrbios relacionados com as tempestades e a reconstrução irão afetar a atividade económica no médio prazo, mas as experiências do passado sugerem que as tempestades provavelmente não irão materialmente alterar o curso da economia nacional para além do médio prazo”, diz o comunicado da instituição liderada por Janet Yellen.