Este são os cinco destinos mais pacíficos do mundo e Portugal está na lista

Os atentados terroristas têm sido decisivos na escolha dos destinos de quem viaja. 

Os turistas procuram cada vez mais lugares que consideram ser mais seguros, apesar de os preços baixarem muito nas zonas perigosas.

Pagar uma verdadeira fortuna para fazer uma viagem de sonho por falta de alternativas já não faz parte dos dias de hoje. Multiplicam-se ofertas de promoções para vários destinos com preços que há dez anos eram praticamente impensáveis. Nas alterações dos preços das viagens muito pesa a evolução na história da aviação, o crescimento das companhias low-cost e os preços que praticam, além do facto de se assistir a uma verdadeira alteração dos fluxos turísticos provocada pela insegurança, nomeadamente em países que já foram afetados por atentados terroristas.

A propósito da mudança de fluxos turísticos, a Momondo elaborou uma lista com os cinco países mais pacíficos do mundo, entre eles, está Portugal, que aparece em destaque no terceiro lugar.

Deixamos aqui a lista:

 – Islândia

– Nova Zelândia

– Portugal

– Áustria

– Dinamarca

No entanto, para muitos, a lista elaborada pelo motor de busca, que pesquisa milhares de sites de agências de viagens e companhias de aviação, não é surpresa.

A verdade é que, nos últimos anos, a realidade mudou. A palavra terrorismo chegou ao dia a dia da Europa como nunca tinha acontecido antes. Com ataques em diferentes países do centro europeu, a sensação de segurança acaba por ditar os destinos escolhidos quando chega a hora de viajar.

Mas não é apenas no preço das viagens que se mede o impacto do terrorismo. A Turquia é um dos exemplos de como o impacto dos ataques no setor do turismo pode ser negativo. Istambul foi palco de atentados e a violência complicou a realidade do país, que vê no setor do turismo uma das principais fontes de rendimento. Em apenas alguns meses, os ataques em Istambul e Ancara fizeram centenas de mortos e feridos, e levaram a uma preocupante mudança na realidade turística do país. O número de chegadas chegou mesmo a atingir o nível mais baixo em duas décadas. Aliás, os exemplos mais recentes mostram que, a seguir a um ataque terrorista, há sempre uma queda inevitável na procura dos destinos.

Outro caso muito presente na memória coletiva tem a ver com os atentados em Paris, em novembro de 2015. Também aqui houve, desde cedo, grandes penalizações para o setor. Perante o receio de novas investidas, houve um verdadeiro travão nas viagens. Um dos impactos mais imediatos foi na bolsa. Todo o setor começou a ressentir-se, com o índice que agrega desde companhias aéreas a restaurantes e hotéis a ganhar grande destaque nas perdas. Durante muito tempo, as consequências ainda se sentiam na capital francesa. Os turistas ainda não tinham começado a voltar em peso à Cidade-Luz. Como forma de atrair mais turistas, os hotéis chegaram mesmo a baixar os preços.

Com os fluxos turísticos a mudar, há países que registam crescimentos fora do normal em comparação com o que era a realidade há uns anos. Entre eles está Portugal. Uma notícia recente da Bloomberg destacava o crescimento do número de reservas para países como Portugal, Bulgária, Croácia e Chipre, números que, de acordo com o Thomas Cook Group, a empresa de turismo mais antiga do mundo, se justificam pelo facto de os turistas começarem a procurar destinos que são muito menos conhecidos, mas considerados mais seguros.