Porto Rico. Barragem cede no decorrer de evacuações no norte da ilha

Barragem que retia o rio de Guajataca cedeu. Autoridades estavam a retirar a população em autocarros.

Uma grande barragem cedeu no Porto Rico à medida que as autoridades ainda evacuavam duas povoações nas proximidades. A notícia de que a barragem que retém o rio de Guajataca foi anunciada ao início da tarde (começo da noirte em Portugal) pelos serviços de emergência porto-riquenhos, que disseram também que estavam a realizar as operações de retirada de pessoas “o mais rápido que conseguimos”.

A barragem de Guajataca é uma grande estrutura no noroeste o território americano. A passagem do furacão Maria, ao longo do dia de quarta-feira, enfraqueceu-a quase ao ponto do colapso, levando os serviços porto-riquenhos a ordenar a evacuação de duas aldeias e avisar as populações locais de que deviam colocar-se em territórios elevados, de forma a escaparecem às previsíveis cheias súbitas.

“Esta é uma situação altamente perigosa e que representa risco de vida”, lia-se no alerta dos serviços de emergência publicado no momento em que a barragem cedeu. “Não tentem viajar a não ser que estejam a fugir de uma zona com perigo de inundações ou sob uma ordem de evacuação”, prosseguiu a nota. De acordo com a BBC, as operações de retirada de pessoas estavam a conduzir-se com vários autocarros.

Não é certo por que razão cedeu a barragem de Guajataca depois da passagem do Furacão Maria. As chuvas trazidas pela tempestade causaram cheias noutras zonas do país, sobretudo devido às grandes quedas de água que se seguiram aos fortes ventos. Morreram pelo menos 15 pessoas no território americano, segundo as informações publicadas esta sexta-feira, mas as operações de resgate ainda prosseguem por toda a ilha.

O Porto Rico foi atingido em cheio pelo Maria na quarta, menos de um mês depois de ter passado quase incólume ao antecessor Irma, que passou ao largo da ilha, embora tivesse causado estragos à rede de eletricidade. Essa rede cedeu por completo com a chegada do Maria e pode demorar meses até que o Porto Rico, onde vivem 3,5 milhões de pessoas, recupere a energia, segundo disse na quinta-feira o seu governador.