Novo sismo numa altura de manobras militares

O Japão e os EUA estão em manobras navais conjuntas num dia em que um sismo de 3.4 na escala de Richter foi registado na Coreia do Norte. A tensão com o programa nuclear e lançamento de mísseis norte-coreanos é crescente.

O sismo, que poderá estará relacionado com um novo teste balístico ou nuclear, foi registado no mesmo local onde foi testada a bomba de hidrogénio no início de Setembro. O sexto teste nuclear de Pyonyang foi o mais poderoso até ao momento.

De acordo com a agência noticiosa da China o tremor de terra poderá ter sido causado por uma explosão. Mas a agência meteorológica da Coreia do Sul aponta a como provável um fenómeno natural. Ondas sonoras que levem a crer que o sismo tenha sido causado por atividade humana ficaram por detetar.

Na sexta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros norte-coreano disse que o regime poderá testar o lançamento de uma bomba nuclear de hidrogénio para o oceano Pacífico, como parte da "resposta ao mais alto nível" contra os EUA. “Poderá tratar-se da mais poderosa das detonações de uma bomba H no Pacífico", disse Ri Yong-ho.

Nas águas do Pacífico decorrem até quinta-feira, dia 28, exercícios nos quais participam o porta-aviões de propulsão nuclear norte-americano USS Ronald Regan e o navio de guerra contratorpedeiro japonês Ise. Depois, o USS Ronald Reagan deverá realizar outros exercícios com a marinha sul-coreana.

Tóquio decidiu divulgar os exercícios para enviar uma mensagem ao regime da Coreia do Norte, que na semana passada enviou um míssil de médio alcance que sobrevoou o norte do Japão. O lançamento foi interpretado como uma represália da Coreia do Norte depois de a ONU ter aprovado um novo pacote de sanções devido ao teste de 3 de Setembro.