Trump alarga a “lista negra” de entrada nos EUA à Coreia do Norte e Venezuela

Este alargamento vem na sequência do novo “eixo do mal” estreado por Trump na ONU

O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou ontem o alargamento da proibição de entrada nos Estados Unidos a mais três países. Venezuela, Chade e Coreia do Norte juntam-se agora a uma lista onde já constavam a Somália, o Iémen, a Líbia e o Irão. Por outro lado, o Sudão e o Iraque foram retirados dessa mesma lista.

Os cidadãos dos países da chamada “lista negra” de Trump veem-se impedidos de entrar em território norte-americano. Ainda assim, as restrições impostas à Venezuela diferem dos restantes países abrangidos por se limitarem aos funcionários governamentais e suas famílias – e não à generalidade dos cidadãos venezuelanos.

“Como presidente, devo agir para proteger a segurança e interesses dos Estados Unidos e do seu povo”, afirmou Trump num comunicado. Porém, o magnata da Casa Branca não consegue não utilizar o Twitter para fazer campanha pelas suas medidas. “Tornar a América segura é a minha principal prioridade. Não vamos admitir no nosso país aqueles que não podemos vetar”, escreveu na rede social.

Ao contrário da “lista negra” inicial, este alargamento não possui qualquer limite temporal. Esta é a terceira tentativa da administração de “terminar total e completamente” com as entradas de cidadãos de outros países, principalmente se forem muçulmanos, uma das promessas de Trump na campanha presidencial. Acrescente-se ainda que as ordens executivas do presidente nesta temática se confrontaram com a oposição de tribunais federais, governantes estatais e ativistas, obrigando-o a retroceder momentaneamente por violar a Constituição norte-americana.

A inclusão da Coreia do Norte e da Venezuela na “lista negra” vem na sequência do discurso de Trump na Assembleia-Geral da ONU, onde estreou um novo “eixo do mal” – deixou cair o Iraque para incluir a Venezuela, criando a tríade Coreia do Norte, Irão e Venezuela.