Passageiros portugueses em pânico a bordo de avião da Evelop

Incidente aconteceu em avião da Evelop, que fazia ligação entre Cancún, no México e Madrid, em Espanha.  

O cheiro a queimado, as chamas e o fumo causaram o pânico entre vários passageiros portugueses que se encontravam a bordo de um avião da Evelop, que fazia a ligação e entre Cancún e Madrid.

O aparelho partiu de Cancún, no México, esta segunda-feira, dia 25 de setembro, e era suposto ter chegado a Madrid no dia seguinte, mas tal não aconteceu. O voo só aterrou em Madrid hoje, dia 28.

De acordo com o Jornal de Notícias, que cita várias testemunhas, os portugueses que estavam a bordo do avião que transportava cerca de 380 passageiros, entraram em pânico quando viram as chamas e sentiram o cheiro a queimado.

"Foi um horror! Houve pânico, toda a gente a gritar… Foi um filme, com crianças e bebés a bordo. As pessoas só acalmaram quando o avião aterrou de novo em Cancún", disse ao JN uma das portuguesas que seguia a bordo do Airbus A330-300 da Evelop Airlines.

Segundo descreve a mesma testemunha, à entrada do avião os passageiros sentiram de imediato um intenso cheiro a combustível, mas a tripulação sossegou os viajantes, alegando que se tratava de uma situação normal, pois tinham acabado de encher os depósitos do avião.

"O avião estava no ar há mais ou menos dez minutos quando se começaram a ouvir gritos à frente de 'fogo!' Olhámos para as janelas do lado esquerdo. Eu estava nas filas do meio e vi um clarão, quem estava perto das janelas viu chamas e fumo. Depois, vários clarões de um lado e do outro", descreve ao JN.

O piloto apenas referiu que era uma situação “normal”, pois “alguns restos de combustível podiam ter ficado no motor quando o avião foi atestado e às vezes [esses restos] ardiam e que íamos voltar a Cancún por medida de segurança", revelou ainda.

Os passageiros, até ao momento, continuam sem saber o que realmente aconteceu, uma vez que não é “oficial que houve uma avaria mecânica”.

No entanto, à chegada ao aeroporto de Madrid, os passageiros tinham à espera um representante da comapnhia aérea espanhola, que lhes entregou um documento, onde é justificado o atraso de dois dias de voo, mas alegando que “não existiu incêndio” e que “o aparelho estava em perfeitas condições”.

A transportadora aérea espanhola lamentou os "transtornos" causados pela "atitude infundada de alguns passageiros".