Coreia do Norte acusa Washington de mentir sobre morte de estudante americano

Pyongyang acusou os Estados Unidos de mentir sobre o caso da morte do estudante norte-americano, Otto Warmbier, que morreu em junho deste ano, após ter passado mais de um ano em coma na Coreia do Norte, onde esteve preso.  

Um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte voltou a acusar os Estados Unidos de mentir sobre o caso da morte do estudante norte-americano que esteve mais de um ano em coma no país. No entanto, especialistas forenses nã conseguiram esclarecer as causas da morte de Warmbier, nem conseguiram confirmar se foi torturado na Coreia do Norte, algo que a Casa Branca defende.

“O facto de os Estados Unidos utilizarem até um morto para a campanha conspiradora destinada à comunidade internacional para aumentar a pressão sobre a RPDC [República Popular Democrática de Coreia] mostra quão vil é a sua hostilidade para connosco”, afirmou o Ministério em comunicado.

“Os médicos norte-americanos, que realizaram o exame médico de Warmbier em junho, no nosso país, e outros que o fizeram depois do regresso aos Estados Unidos, reconheceram exatamente que não houve nenhuma tortura neste caso”, diz ainda a nota, que foi divulgada através da agência estatal norte-coreana KCNA.

O líder norte-coreano fez questão de sublinhar que o estudante era “um criminoso que foi castigado a 16 de março de 2016 a trabalhos de reeducação”, de acordo com a lei norte-coreana, por cometer “atos hostis” dirigidos por Washington.

As autoridades, após os trabalhos de reeducação, ofereceram assistência médica ao americano, uma vez que o seu estado de saúde se estava a complicar, e libertaram-no, permitindo que regressasse aos EUA.

A Coreia do Norte afirmou que a instrumentalização do caso é mais uma “provocação do velho louco Trump e da ralé dos Estados Unidos, baseada em dados pejados de fraudes e embustes”.

Recorde-se que o estudante, de 22 anos, foi detido na Coreia do Norte em janeiro de 2016, quando visitava o país como turista, e foi condenado a 15 anos de trabalhos forçados por tentar roubar um cartaz de propaganda no hotel onde se encontrava hospedado.