Marcelo sublinha que não há “sucessos eternos nem revezes definitivos”

Chefe de Estado apela aos protagonistas políticos que ultrapassem “o mero apelo dos sucessivos atos eleitorais” e alerta que “não há sucessos eternos nem revezes definitivos”

Marcelo sublinha que não há “sucessos eternos nem revezes definitivos”

O Presidente da República fez, esta quinta-feira, uma única referência às eleições autárquicas de domingo, dizendo que "devem ser encaradas com apreço", pelo "envolvimento cívico" demonstrado pela diminuição da abstenção.

Marcelo Rebelo de Sousa discursou hoje na Praça do Município, em Lisboa, na na sessão solene comemorativa do 107.º aniversário da Implantação da República.

 O chefe de Estado afirmou que é preciso "um poder local forte e próximo das pessoas", acrescentando que "as eleições de há quatro dias devem ser encaradas com apreço, olhando às centenas de milhar de candidatos e à redução do nível de abstenção".

Para Marcelo, a descida da abstenção demonstrou que "os portugueses entenderam a importância do seu envolvimento cívico, bem como a urgência de começar a inverter um sintoma de aparente desinteresse pela coisa pública".

Recorde-se que a abstenção a nível nacional foi de 45%, uma percentagem inferior, embora ligeiramente, aos 47,4% registados em 2013, ano, aliás, em que se atingiu a taxa de participação mais baixa de sempre em eleições locais.

O Presidente, não se referindo especificamente aos acontecimentos políticos dos últimos dias, alertou também que "não há sucessos eternos nem revezes definitivos", apelando aos protagonistas políticos que ultrapassem “o mero apelo dos sucessivos atos eleitorais”.

De sublinhar que o PS foi o partido mais votado nas autárquicas, já o PSD teve um resultado considerado ‘trágico’ por muitos políticos e comentadores e levou o Passos Coelho a anunciar que não se recandidatiria à liderança do partido, abrindo assim uma verdadeira corrida ao trono laranja.