CTG satisfeita com administração da EDP

A China Three Gorges (CTG) está satisfeita com a atual administração da EDP, liderada por António Mexia e eventuais alterações nos órgãos sociais da empresa estão fora da agenda. 

“A CTG não está envolvida em qualquer tipo de discussão, com nenhuma parte, sobre potenciais alterações nos órgãos sociais relevantes da EDP para o próximo mandato", revelou a CGT em comunicado.

A empresa estatal chinesa, principal acionista da EDP, passou a deter desde a semana passada 23,26% do capital da companhia energética portuguesa. A CGT, que detinha 21,35% da EDP, anunciou a aquisição de 70,1 milhões de ações do capital social da EDP num investimento de 208 milhões de euros.

No sábado, o semanário “Expresso” noticiara que a CGT quer substituir António até ao final do ano. No comunicado a empresa chinesa garante apoio total à “trajetória de sucesso da equipa de gestão da EDP, que tem sido capaz de manter um desempenho estável, sob um contexto desfavorável no setor e a nível macro".

O reforço para 23,26% do capital da China Three Gorges na EDP, em cujo capital entrou no final de 2011, foi o primeiro desde a privatização da empresa energética portuguesa. Na altura desembolsou 2700 milhões de euros para comprar 21,35% da empresa liderada por António Mexia.

O grupo justificou a decisão com a crença nos "fundamentos sólidos", "boas perspetivas de negócio" e "benefícios da parceria estratégica a longo prazo entre a CTG e a EDP". O anúncio da operação traz de novo à atualidade o futuro da EDP e qual o papel que a empresa estatal chinesa quer desempenhar nesse futuro, depois de a espanhola Gas Natural ter sondado os acionistas da EDP com vista a uma fusão.

 A CTG terá dito não, uma vez que tem como objetivo comandar o crescimento da empresa energética portuguesa através da compra de ativos.