FMI. Produtividade baixa obriga a reformar mercado de trabalho

Instituição liderada por Christine Lagarde alerta Portugal para algumas “prioridades políticas”.

As previsões mantêm-se e também as recomendações são as mesmas. O Fundo Monetário Internacional (FMI)  prevê que a economia portuguesa cresça 2,5% este ano e 2% no próximo, que a taxa de desemprego seja de 9,7% este ano e de 9% no próximo, uma taxa de inflação de 1,6% e de 2% em cada um dos anos, e um excedente das contas externas de 0,4% do PIB em 2017 e de 0,3% em 2018.

No entanto, no ‘World Economic Outlook’ divulgado ontem, a instituição liderada por Christine Lagarde deixa algumas “prioridades políticas”, dando o exemplo de Portugal para defender a necessidade de reformas.

O FMI alerta que Portugal continua com um problema de produtividade baixa e por isso tem de fazer mais reformas do mercado de trabalho e também na administração pública.

Dando Portugal como exemplo, o FMI escreve no relatório que “a produtividade persistentemente lenta em alguns países levou a uma maior ênfase às reformas no mercado de trabalho e de produto, especialmente dada à escassez de margem orçamental, [uma vez que] já foi demonstrado que estas reformas aumentam a produtividade e o emprego e aumentam a resiliência a choques”.

 

Prioridades

Entre as prioridades apontadas estão por exemplo reformas na legislação referente à proteção no emprego para “reduzir uma dualidade no mercado de trabalho, como a flexibilização da contratação e das regras de despedimento dos trabalhadores regulares”. Portugal é também apontado como um país que tem “margem para melhorar o ambiente de negócios e a qualidade da administração pública”.

O relatório revela ainda que a economia mundial deverá crescer 3,6% em 2017 – com o desempenho das economias avançadas – e 3,7% no próximo garças ao dinamismo das economias emergentes.