Incêndios. Três vítimas mortais na Galiza. Autarca diz que incêndios portugueses saltaram fronteira

Presidente da Junta da Galiza, Alberto Núñez Feijóo, mostrou estar preocupado por Portugal não conseguir apagar os seus incêndios que acabam por entrar em território espanhol.  

Três pessoas morreram em Nigran, Pontevedra, vítimas dos incêndios que lavram na Galiza. Segundo o jornal espanhol El País "a situação é crítica".   

O incêndio ameaça casas em nove municípios de Pontevedra, Ourense e Lugo. As equipas de socorro, que contavam com "menos pessoal do que no verão",  terão sido apanhadas desprevenidas em dia de "ventos fortes e altas temperaturas".

As chamas neste momento cercam Vigo, a cidade mais populosa da Galiza. Segundo o mesmo diário, o município recomendou à população das áreas ameaçadas pelo incêndio que deixassem suas casas e se desloquem para a área urbana, onde permitiu que três hotéis os acomodassem.

Segundo o "El País", o presidente da Junta da Galiza descreveu a situação deste domingo como "complexa"  devido a uma "actividade incendiária homicida", seca persistente e o descontrolo dos incêndios em Portugal, que "saltaram o Minho". 

A Galiza sofreu desde a sexta-feira 146 incêndios, 28 na noite de sábado para domingo, quando começaram as fortes rajadas de vento causados pela aproximação do furacão Ophelia no Atlântico. "Está a ser feito todos os possíveis para salvaguardar o que é mais importante, as vidas humanas", disse Ángeles Vázquez do posto de comando deste incêndio. Segundo Feijoo há uma "intencionalidade clara" por trás destes incêndios: "Os incendiários estão na fronteira com o homicídio", referiu.

Contam-se ainda 17 incêndios ativos.