Escândalo Weinstein. Vozes da pop revelam casos de “assédio” e “prostituição”

Björk e antiga cantora das Pussycat Dolls contam testemunhos pessoais. 

Kaya Jones, que pertenceu às Pussycat Dolls nos primórdios da girl band, comparou o grupo a uma "rede de prostituição" assumindo ter sido "obrigada a dormir com executivos da indústria musical".

"A minha verdade. Não estava numa girl band. Estava numa rede de prostituição", escreveu no Twitter. 

"Para fazer parte da equipa, tens de jogar em equipa. Ou seja, dormir com quem eles te dizem para dormir. Se não o fizeres eles não têm poder sobre ti", declarou. 

"Por acaso até cantávamos e éramos famosas, mas quem fazia dinheiro eram os nossos donos. Quão mau era? As pessoas perguntam – mau o suficiente para me afastar dos meus sonhos, colegas de banda e um contrato discográfico de 13 milhões de dólares", esclareceu.

Jones deixou as Pussycat Dolls em 2005. A fundadora Robin Antin já respondeu defendendo, em entrevista ao site The Blast, que são "mentiras ridículas e nojentas".

No caso de Björk, o relato de assédio vem do mundo do cinema, mais precisamente durante as filmagens de "Dancer in the Dark", em 2000. Sem nunca nomear  Lars Von Trier, Björk declara-se vítima de assédio sexual de um cineasta dinamarquês.

"Percebi que é uma coisa universal que um realizador possa tocar e assediar as suas atrizes à vontade e a instituição do filme permite-o. Quando eu repetidamente lhe dei negas, irritou-se e castigou-me, e criou a ilusão para toda a sua equipa de que eu era a difícil. Por causa da minha força e da minha granda equipa, e porque eu não tinha nada a perder, sem quaisquer ambições no mundo da representação, afastei-me e consegui recuperar em um ano", escreveu no Facebook.