Tão perto da glória… e novamente tão longe. Sporting e Benfica voltaram a dar boa conta de si frente a dois dos maiores clubes da Europa, mas mais uma vez acabaram por não conseguir resultados positivos: os leões empataram 1-1 com a Juventus, em Alvalade, e as águias perderam por 2-0 em Old Trafford, frente ao Manchester United de José Mourinho. Contas feitas, o Sporting ainda pode sonhar com o apuramento para os oitavos-de-final, embora o cenário tenha ficado muito menos risonho depois deste resultado; já o Benfica está praticamente eliminado: com quatro derrotas noutros tantos jogos, precisa de um perfeito milagre para se apurar.
Excelente a exibição do conjunto orientado por Jorge Jesus frente à crónica campeã italiana. Mesmo privado de vários elementos fundamentais na equipa, nomeadamente na vertente defensiva (Piccini, Mathieu, Fábio Coentrão e William Carvalho), o Sporting não se encolheu, entrou com vontade de marcar e chegou mesmo ao golo aos 20 minutos, com Bruno César a bater Buffon após uma primeira tentativa de Gelson Martins.
Na segunda parte, a Juventus (compreensivelmente) pegou no jogo, embora tenha sido o Sporting a desperdiçar a primeira grande ocasião, com Bas Dost a chegar atrasado a um cruzamento venenoso de Bruno Fernandes, aos 62'. Pouco depois, uma grande defesa de Rui Patrício, num cabeceamento à queima-roupa de Higuaín, adiou o golo da Juve, que viria a surgir aos 79', com o argentino a redimir-se e a finalizar com um toque sublime sobre o guardião sportinguista. Jesus ainda pôs Doumbia em campo, mas o resultado não mais se alterou. A Juventus continua sem vencer em Lisboa (em quatro tentativas), mas está agora mais perto do apuramento: basta-lhe vencer na Grécia o Olympiacos na última jornada. Realce, todavia, para o resultado dos gregos esta noite: 0-0 frente ao Barcelona.
Em Manchester, o Benfica entrou igualmente com uma atitude positiva, olhando para o adversário de igual para igual. Cedo começou a ser atraiçoado, porém. Já depois de ter deixado passar em claro um derrube a Pizzi na área do Manchester United, o árbitro lituano Gediminas Mazeika foi lesto a assinalar outra grande penalidade, esta na área das águias, por derrube de Douglas a Martial. Na conversão, porém, o francês permitiu a defesa de Svilar, que parecia aí estar a encaminhar-se para a redenção, depois do insólito golo sofrido na Luz e que determinou o desaire do Benfica.
O problema, para as águias, é que os dias de azar continuam sem dar tréguas ao jovem belga. Em cima do intervalo, e já depois de Diogo Gonçalves ter obrigado De Gea à defesa da noite, num remate fantástico de fora da área, Svilar viu a bola entrar na sua baliza depois de lhe bater nas costas, após um remate do meio da rua de Matic ir ao poste. Inacreditável.
No segundo tempo, o Benfica continuou a tentar, com Diogo Gonçalves a testar novamente De Gea e Jiménez a acertar no poste. Mas havia mais uma traição: um pequeno toque de Samaris, que entrou no onze por lesão de Filipe Augusto no aquecimento, no recém-entrado Rashford levou o árbitro a assinalar novo penálti para o Manchester United. Daley Blind não falhou e selou o 2-0 final, apurando o United para os oitavos-de-final. No outro jogo do grupo, o CSKA de Moscovo foi vencer a Basileia (1-2), baralhando as contas em relação aos outros três lugares: os suíços e os russos estão agora empatados com seis pontos. Num cenário idílico, o Benfica ainda pode passar: tem de vencer os dois jogos que lhe restam – e por vantagem larga – e esperar que Basileia e CSKA percam ambos no jogo que ainda lhes falta realizar com o Manchester United. É quase impossível, mas matematicamente ainda dá.
Nos outros jogos do dia, destaque para a goleada do PSG ao Anderlecht (5-0), no grupo B, que pôs os parisienses na próxima fase, onde também já está o Bayern após o triunfo na Escócia (1-2 com o Celtic). No grupo C, a Roma bateu o Chelsea por concludentes 3-0 e ultrapassou os ingleses, enquanto o Atlético de Madrid voltou a empatar com o modesto Qarabag, do Azerbaijão (1-1), e ficou com a vida bastante complicada.
