Ministério Público espanhol pede prisão preventiva para todo o governo catalão, exceto Vila

Os membros do executivo catalão são investigados pelos crimes de rebelião, sedição e desvio de dinheiros públicos

O Ministério Público espanhol, a Fiscalia, acabou de pedir a prisão preventiva para o vice-presidente da Generalitat, Oriol Junqueras, e para os outros sete conselheiros que hoje de manhã prestaram declarações na Audiência Nacional por entender existir risco de fuga.

O único membro do executivo catalão para o qual não foi pedida a prisão preventiva foi Santi Vila, ex-conselheiro para a Economia e Conhecimento. Contudo, o Ministério Público pediu uma fiança de 50 mil euros ao ex-conselheiro para que evite a prisão preventiva.

Relembre-se que Santi Vila demitiu-se do cargo quando o governo e parlamento catalães decidiram votar e proclamar a nova República catalã. 

Os membros do governo catalão são investigados pelos crimes de rebelião, sedição e desvio de fundos públicos. O Ministério Público espanhol acusa os membros do governo catalão de terem praticado crimes "gravíssimos" e declarado a independência da Catalunha fora das vias legais, utilizando para o efeito o parlamento catalão, os Mossos D'Esquadra, a polícia autonómica e associações independentes, como a Assembleia Nacional Catalã (ANC) e a òmnium Cultural.

 Membros da mesa do parlamento catalão sob vigilância policial

O juiz do Supremo Tribunal espanhol, Pablo Llarena, concordou com o pedido dos advogados de defesa dos membros da mesa do parlamento catalão, entre eles a presidente do órgão legislativo, Carmen Forcadell, para se adiarem as declarações para 9 de novembro, próxima quinta-feira, às 9h30 (menos uma hora em Portugal). Os advogados pediram mais tempo para prepararem a defesa contra as acusações de crimes de rebelião e desvio de fundos públicos para organizar o referendo de 1 de outubro por os acusados apenas terem recebido as notificações há dois dias atrás.

O procurador do Supremo Tribunal não se opôs ao adiamento das declarações. Todos os acusados abandonaram as instalações do supremo órgão judicial do Estado espanhol pelas 11h30 (menos uma hora em Portugal).