Vieira da Silva: Governo não cede a “chantagens” nem a “intervenções da oposição”

O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social respondia à bancada do PSD que exigia reconhecimento pelo resultado da reforma laboral

Vieira da Silva, ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, pediu ao PSD que identificasse as medidas feitas pelo anterior governo que resultaram no crescimento do emprego.

A questão foi colocada pela deputada Clara Marques Mendes pediu que fosse reconhecido "que algumas das reformas feitas pelo anterior governo iam na direção certa", citando o relatório da OCDE onde afirma que "a recuperação do emprego sobe de forma mais consistente a partir de 2014, e de forma mais intensa a partir de 2016", reclamando os louros da reforma laboral.

No entanto, Vieira da Silva acusou o antigo executivo de terem incentivado "a contratação a termo", o que levou a uma "queda dramática da contratação coletiva". "Gostava que relembrasse à câmara quais as reformas que estão agora a provocar o crescimento do emprego", pediu o ministro apelidando de forma irónica de "fantásticas melhorias no mundo do trabalho".

Para Clara Marques Mendes, "as bancadas mais à esquerda teimam em esconder o que é óbvio" e questionou se o governo ia continuar a ceder às condições do Bloco de Esquerda e do PCP.

"Nós faremos as mudanças que acharmos que o país precisa", respondeu Vieira da Silva. "Não cederemos a chantagem nenhuma nem a nenhuma intervenção que as bancadas da oposição possam fazer."