Zenú dos Santos nega que se vai demitir do Fundo Soberano de Angola

Fundo emitiu comunicado para contrariar os “rumores” “completamente falsos” da saída do filho do ex-presidente José Eduardo dos Santos

José Filomeno "Zenú" dos Santos não tem qualquer intenção de apresentar a sua demissão de presidente do conselho de administração do Fundo Soberano de Angola. O filho do ex-presidente José Eduardo dos Santos vem, através de uma posição oficial do fundo que dirige, pôr fim aos rumores que davam conta da iminência da sua saída.

"O Fundo Soberano de Angola (FDSEA) gostaria de abordar os falsos rumores que têm circulado numa determinada secção dos média sobre a demissão do PCA do FDSEA, José Filomeno dos Santos. O FDSEA vem por este meio declarar que tais rumores são completamente falsos", lê-se no comunicado.

Depois da exoneração da irmã Isabel dos Santos da presidência do conselho de administração da Sonangol e do fim do contrato de que a empresa dos seus irmãos Welwitschea "Tchizé" dos Santos e José Paulino dos Santos "Coréon Dú" tinha com a Televisão Pública de Angola para gerir a TPA2 e a TPA Internacional, a notícia de que Zenú dos Santos também estaria de saída começou a surgir.

Uma notícia do site Club-K avançava mesmo que a carta de demissão já teria sido enviada ao presidente João Lourenço e a presidência de Angola anunciaria a saída ontem.

O FDSEA aproveita para elogiar o trabalho feito pela equipa liderada por Zenú dos Santos que conseguiu um resultado líquido de 44 milhões de dólares em 2016, de acordo com os dados auditados pela Deloitte and Touche, tendo conseguido isso com uma "redução de 40% nas despesas operacionais" em relação a 2015.

"O FDSEA comemora o seu quinto aniversário e a sua equipa está exremamente satisfeita com os muitos sucessos que alcançou num curto período de tempo", refere o comunicado que acrescenta que tudo "continua inalterado por estas notícias enganosas" e que o filho do ex-presidente "continuará com o seu mandato" a "realizar investimentos prudentes e de apoiar o desenvolvimento do setor não petrolífero".