Novo Banco agrava prejuízos para 419 milhões nos primeiros nove meses

Recorde-se que, a 18 de outubro a instituição financeira deixou de ser um banco de transição, estatuto que tinha desde a resolução aplicada ao BES.

O Novo Banco registou prejuízos de 419,2 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. A deterioração do resultado operacional e da margem financeira contribuíram para este resultado. “O grupo Novo Banco apresentou um resultado negativo antes de impostos de 355,6 milhões de euros, melhor em 34,7% do que o resultado homólogo de 2016 mas, face à decisão de não registar impostos diferidos adicionais apresenta um resultado líquido negativo de 419,2 milhões até setembro, pior em 8,9% do que o valor homólogo", revela em comunicado.

Neste período o grupo reduziu a sua carteira de crédito em cerca de 2,1 mil milhões  (-6,3%) com especial
incidência na redução de 1,6 mil milhões de NPLs (Non Performing Loans).

A instituição financeira revelou ainda que, nestes nove meses, assistiu-se a um aumento de imparidades em 563,2 milhões de euros, ainda assim, representa uma redução de cerca de 200 milhões de euros face a igual período do ano passado. "Assim as imparidades sobre NPLs subiram 3,8 pp para 51,9%".

Quanto aos depósitos o grupo teve uma variação positiva de 5,3%, cerca de 1,3 mil milhões de euros de crescimento
num ano. Os recursos totais de clientes chegaram aos 36,6 mil milhões correspondendo a um crescimento
homólogo de 1,6%.

Na sequência da contínua restruturação o grupo reduziu os seus custos operativos em 12,4% com especial destaque para os gastos gerais administrativos com uma queda de 13,7%.

O Novo Banco terminou o terceiro trimestre com um rácio de capital CET1 de 10,9% e total capital de 11,1%, que fully implemented seria de 9,7% e 10,1% respetivamente.

Recorde-se que, a 18 de outubro a instituição financeira deixou de ser um banco de transição, estatuto que tinha desde a resolução aplicada ao Banco Espírito Santo.