Seca. EDP admite queda de receitas mas afasta aumentos

Preço em Portugal é o preço espanhol” referiu António Mexia.

O presidente executivo da EDP afirmou que o principal impacto da seca para a empresa são as “menores receitas”, no entanto, recusou um aumento de preços da luz no país, por serem definidos a nível ibérico.

António Mexia disse ainda que a hidraulicidade este ano está 60% abaixo de um ano médio, mas deve-se a fatores de “maior volatilidade”. 

Já em relação aos preços que são praticados, o responsável referiu que o preço em Portugal é o preço espanhol”, acrescentando que "as alterações da nossa capacidade [na produção de energia elétrica] não mudam o preço ibérico. Só se houver seca a nível ibérico, é que poderá haver uma subida do preço grossista".

De acordo com os últimos dados revelados pela associação ambiental Quercus a seca levou a uma descida de 58% da produção de energia através dos recursos hídricos, disparando o consumo de carvão (22%) e de gás (66%).

Assim, entre janeiro e outubro deste ano, a principal fonte de energia foi o gás natural (32%), seguido pelo carvão (25%), pela eólica (21%), hídrica (14%), biomassa (5%) e solar (2%), entre outras.

No mesmo período do ano passado, a maior fatia correspondia à energia hídrica (33%).

Por seu lado, o preço da energia no mercado grossista neste período também subiu de 35,7 euros para 51,1 euros.