Costa falou na Gulbenkian sobre o projeto europeu

O primeiro-ministro não separa a solidariedade da competitividade 

António Costa falou ontem “contra a tentação protecionista” e a favor do projeto europeu – “portador do modelo social único de paz, liberdade e prosperidade partilhada” -, à margem da conferência sobre Inovação Social organizada na Fundação Calouste Gulbenkian com a Comissão Europeia e o governo. 

O primeiro-ministro afirmou que o grande desafio da Europa é responder ao medo do futuro e que a “melhor resposta a dar a este medo” e “a esta ansiedade não é nem a regressão facial nem fechar-se sobre si própria”.

Contudo, para que isto aconteça, é indispensável “investir no empowerment de cada um face às eventualidades que surgem na vida”, tais como o desemprego ou outras “situações” complicadas, garantindo sempre a “segurança dos cidadãos” relativamente aos riscos que “atingem as suas famílias”, disse. Costa não ficou por aqui, referindo ainda que é imprescindível “garantir a proteção social” e todo o investimento que for realmente necessário para que haja um “maior crescimento económico” e “empregos dignos” para a Europa, reforçando a ideia de não haver “uma alternativa entre investir na solidariedade e na competitividade”, uma vez que o “pilar económico” e o “pilar social” se fortalecem um ao outro.

Para o líder do governo, reforçar o pilar social da União Europeia é reforçar o que se garantiu nos últimos 70 anos: conseguir ser “um continente de paz”.

Mais tarde, na conferência marcaram também presença o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o Comissário Europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas.