Bloco anuncia criação de dois centros de consumo assistido de droga em Lisboa

Ricardo Robles aponta a Alta de Lisboa e a zona Ocidental como locais mais prováveis

Ricardo Robles, vereador do Bloco de Esquerda na Câmara Municipal de Lisboa, anunciou a criação de dois centros de consumo assistido de drogas na capital, sendo um na zona da alta da cidade e outra na parte ocidental, avançou o Observador. O projeto inclui também com uma unidade móvel que irá operar em pontos problemáticos de Lisboa.

O projeto faz parte do acordo feito entre o Bloco de Esquerda e o PS, o mesmo acordo que atribuiu ao vereador bloquista as áreas da Saúde, Educação, Direitos Sociais e Cidadania. Segundo o documento assinado por Ricardo Robles e Fernando Medina, está prevista a “abertura de sala de consumo assistido e criação de equipas móveis em articulação com as organizações intervenientes nesta área e com o Serviço Nacional de Saúde, para reduzir os riscos associados à toxicodependência”, com data de execução para o final do próximo ano.

O primeiro passo é o estudo da localização para a criação dos centros de consumo assistido – também conhecidas como salas de chuto – e Robles já avança com um local garantido: a Alta de Lisboa. Ao Observador, o vereador do Bloco afirmou que “há disponibilidade do presidente da junta do Lumiar”, Pedro Delgado Alves, eleito pelo PS, mas que ainda não está fechada a localização exata.

Em estudo está a possibilidade de avançar com a criação do segundo centro de consumo assistido na zona ocidental da capital, que inclui as freguesias Ajuda e Belém. A construção deste centro está numa fase menos avançada, uma vez que ainda não foi definida qual a freguesia a acolher o projeto. Para além dos centros fixos, está ainda prevista uma unidade móvel que permitirá aos consumidores de droga um consumo seguro com acesso a material e condições higiénicas. Com este modelo, espera-se a segurança dos habitantes da capital melhore, uma vez que serão evitados os despejos de seringas nas vias publicas.

Sobre os custos que a construção dos centros, o Bloco de Esquerda ainda não tem definido um valor, remetendo para daqui a algumas semanas o anuncio dos custos, tanto para a criação dos centros como para a aquisição da unidade móvel.

Dentro do acordo entre o PS e o Bloco de Esquerda está ainda incluído a criação de um Centro Municipal de Acolhimento de Cidadania LGBT+, que irá articular com as diferentes organizações de defesa dos direitos da comunidade LGBT+; de um Centro de Atendimento e Apoio a Mulheres Vítimas de Violência, com funcionamento 24 horas por dia e que irá ter campanhas de informação sobre a violência de género; e uma Casa da Diversidade no centro da cidade, estando a localização ainda em estudo.