Trump nega qualquer “conspiração” com a Rússia

O presidente norte-americano afirmou-o por três aos jornalistas 

A viragem de lado de Michel Flynn nas investigações das relações entre a campanha presidencial de Donald Trump e a Rússia coloca o presidente norte-americano sob uma ainda maior pressão. Depois de inicialmente não ter reagido, Trump fê-lo este sábado à tarde, afirmando que não existiu qualquer conspiração entre a sua direção de campanha e a Rússia durante as eleições presidenciais de 2016.

"Não houve absolutamente alguma conspiração", disse Trump por três vezes aos jornalistas. O presidente norte-americano reagiu novamente pelo seu canal habitual, o Twitter. Neste, escreveu que "Tive de despedir o general Flynn por ter mentido ao vice-presidente e ao FBI. Ele declarou-se culpado a estas mentiras. É uma vergonha por as suas ações na transição terem sido terríveis. Não há nada a esconder!".

No seu próprio tweet, Trump parece admitir que sabia que o general teria mentido ao FBI antes de o despedir, contradizendo a sua própria versão dos acontecimentos. As ações do presidente norte-americano levantam, mais uma vez, questões sobre se terá obstruído a Justiça. 

Michael Flynn declarou-se culpado de mentir ao FBI sobre contatos que fez com um diplomata russo na sexta-feira e está agora a cooperar com as autoridades norte-americanas com base num acordo. Segundo o código penal norte-americano, Flynn poderá ser condenado a cinco anos de prisão caso os tribunais o consideram culpado.