O Governo grego e os credores alcançaram um acordo, ao nível técnico, que define o conjunto de medidas que Atenas tem de implementar para receber a próxima tranche do atual programa de assistência financeira, que está previsto terminar em agosto.
Em causa estão mais de 100 medidas a implementar, em que algumas vão ser votadas no Parlamento grego ainda este mês.
A partir do momento em que todas medidas acordadas forem implementadas, os ministros das Finanças da Zona Euro vão analisar nessa data se Atenas está a cumprir o estipulado. Se for dada luz-verde pelo Eurogrupo, o dinheiro deverá chegar a Atenas em meados de fevereiro.
A lista de medidas abrange diversas áreas, como reformas no sector energético, administração pública, sistema financeiro, eficiência da máquina fiscal e apoios sociais.
Governo português é exemplo a seguir
Alexis Tsipras quer replicar a gerigonça portuguesa na Grécia quando o país sair do memorando de entendimento. O primeiro-ministro grego afirma que “o facto de Portugal ter ultrapassado a crise com um desempenho muito bom na economia, que tenha criado espaço para apoiar os mais vulneráveis e implementar políticas sociais é uma boa história de sucesso da esquerda”, revelou ao DN à margem da reunião dos socialistas europeus, em Lisboa.
“O governo português abriu o caminho para a Grécia poder fazer o mesmo quando sair do memorando. Se António Costa conseguiu fazê-lo, claro sem o acordo dos parceiros europeus, mas se o conseguiu fazer e se o deixaram fazê-lo, é algo significativo para nós”, afirmou.
