Aborto volta a baixar em 2016

Dados indicam que faixa etária que mais interrupções da gravidez realizou situa-se entre os 20 e os 24 anos

Pela primeira vez, as trabalhadores não qualificadas foram a categoria que mais predominou entre as mulheres que realizaram interrupção da gravidez em 2016.

Segundo o relatório dos registos das interrupções da gravidez – IG -,  divulgado pela Direção Geral da Saúde, em 2016 voltou a diminuir o número de IG – 15.959, sendo que em 2015 o número foi de 16.028.

Deste número, as interrupções da gravidez por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, constituem cerca de 96,6% do total das intervenções realizadas, seguindo-se a “grave doença ou malformação congénita do nascituro”, que representa 2,77% e outras.

A categoria das “trabalhadoras não qualificadas” aumentou, e foi quem dominou nesse, 21,31%, e ultrapassado, pela primeira vez, a de “desempregado”, 18,62%. Por último surge a categoria de “estudante”, com 15,96% das IG realizadas no ano passado.

O documento indica também que o número de interrupções em mulheres de nacionalidade estrangeira diminuiu face ao no ano passado – 18,3% em 2015 e 17,7% em 2016.

O grupo etário com idades compreendidas entre os 20 e os 24 anos foi o que mais interrupções da gravidez realizou, seguindo-se as idades entre os 25 e os 29 anos e, em terceiro lugar o grupo entre os 30 e os 34 anos.

Lisboa e Vale do Tejo dominam as IG (55,09%) e o Norte também (23,53%).