Guarda. ERS diz que houve “falha no atendimento” a mulher grávida que perdeu bebé

Caso remonta a fevereiro deste ano 

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) concluiu que a equipa de urgência na Unidade Local de Saúde da Guarda "falhou no atendimento" da grávida que acabou por perder o bebé já no final da gestação, enquanto estava na sala de espera para ser atendida por um médico.

O caso remonta a fevereiro de 2017, quando a mulher deu entrada na unidade às 9h30 com uma pequena perda de sangue. Só apenas por volta das 10h40 é que o obstetra realizou uma ecografia, concluindo-se que o feto já não tinha batimentos cardíacos.

"No relatório de urgência remetido pela Unidade Local de Saúde da Guarda (ULSG) não existe qualquer registo da realização de ecografia, a hora a que foi realizada, nem o resultado do exame”, referiu a ERS. Afirmando que a mulher esteve muito tempo à espera para ser atendida "após a sua admissão no serviço de urgência".

A ERS referiu ainda que se registou "uma eventual não garantia de que os registos clínicos dos utentes sejam fiáveis e reproduzam a real situação clínica, bem como os cuidados, efetivamente, prestados", relembrando que não "há  registo de observação ginecológica, da audição da auscultação fetal, nem da avaliação dos sinais vitais da grávida".