Universitários “americanos” reforçam equipa da FPG na à Ryder Cup à portuguesa

As seleções nacionais de amadores e de profissionais defrontam-se pelo sexto ano consecutivo no montado Hotel & Golf Resort, em Palmela. A formação da Federação apresenta-se na máxima força.

Há alguns anos que a seleção nacional da Federação Portuguesa de Golfe não se apresentava tão forte na Taça Manuel Agrellos.

Apesar da enorme juventude, a equipa de amadores, não sendo a favorita, tem legítimas aspirações a pensar num eventual terceiro título, depois dos averbados em 2012 e 2013. Desde então, a seleção nacional da PGA de Portugal somou três triunfos seguidos.

A 6ª edição da Taça Manuel Agrellos, conhecida pela designação mais popular de Ryder Cup à portuguesa, disputa-se nos dias 18 e 19 (segunda e terça-feira), como de costume, no Montado Hotel & Golf Resort, em Palmela, estando o dia de amanhã (Domingo) reservado a um seleto Pro-Am.

O único grande ausente da seleção da FPG é Tomás Melo Gouveia, o dominador do calendário Amador de 2017, vencendo dois Majors nacionais, o Campeonato Nacional Amador Peugeot e a Taça FPG/BPI, terminando, naturalmente, como o n.º1 do Ranking Nacional BPI, ou seja, como o melhor Amador português do ano.

Simplesmente, o irmão mais novo de Ricardo Melo Gouveia tornou-se, entretanto, professional e até já tem competido nas últimas semanas no Portugal Pro Golf Tour, pelo que deixou de ser elegível para a formação de amadores.

Mesmo assim, a equipa liderada pelo selecionador nacional Nélson Ribeiro e pelo seu adjunto Hugo Pinto apresenta-se na máxima força. «Temos os três primeiros do ranking mundial amador, que estão a estudar no estrangeiro, e os sete primeiros do Ranking Nacional BPI», explicou Nélson Ribeiro.

A saber: Francisco Oliveira, Afonso Girão, João Girão, Pedro Lencart, Vítor Lopes, João Maria Pontes, Gonçalo Teodoro, Vasco Alves, Daniel Rodrigues e Pedro Clare Neves.

O destaque vai para a oportunidade cada vez mais rara de ver jogar em Portugal Francisco Oliveira, Afonso Girão e João Girão, que estudam e competem em universidades norte-americanas, com resultados bem positivos.

Nenhum deles é estreante na prova, mas regressam com outro “calo competitivo”, mais maduros e capazes de bater o pé aos profissionais.

O mesmo passa-se com Pedro Lencart, quase a seguir os passos dos seus companheiros de equipa, nos Estados Unidos. É certo que o ex-campeão nacional amador tem apenas 17 anos, mas ostenta uma rodagem internacional digno dos melhores profissionais portugueses e este ano tornou-se apenas no segundo português a vencer o British Boys, um dos Majors mundiais de sub-18, repetindo o sucesso de Pedro Figueiredo.

O outro “peso-pesado” da seleção da FPG é Vítor Lopes, o melhor Amador português em 2015, muito habituado a competir entre profissionais, no PGA Portugal Tour, no Portugal Pro Golf Tour e até mesmo no Portugal Masters do European Tour. Para mais, é um “craque” em “match play”, a modalidade da competição.

Os restantes membros da equipa – João Maria Pontes, Gonçalo Teodoro, Vasco Alves, Daniel Rodrigues e Pedro Clare Neves – integram ainda os escalões juvenis de sub-16 e de sub-18. Para eles a experiência que retiram deste confronto direto com os “pros” é inestimável.

«É uma equipa muito jovem, dado que, relativamente à edição do ano passado, alguns jogadores que tinham participado abraçaram o profissionalismo e existe uma regeneração natural da equipa», considerou Nélson Ribeiro.

«Existem dois objetivos intrínsecos a esta participação: Os mais novos podem jogar com e contra os seus ídolos nacionais e todos os jogadores podem, assim, medir o seu desempenho comparativamente com o nível do profissionalismo», acrescentou o selecionador nacional da FPG.