Golfe. Profissionais vencem pelo quarto ano seguido

A seleção nacional da PGA de Portugal conquistou a 6ª edição da Taça Manuel Agrellos que hoje (terça-feira) terminou no Montado Hotel & Golf Resort, em Palmela.  

A formação dos profissionais ganhou pelo quarto ano seguido e a vitória sobre a seleção nacional de amadores da Federação Portuguesa de Golfe por 14-6 é um resultado inequívoco, sendo até a segunda margem mais dilatada de sempre de uma equipa campeã.
 
No entanto, é forçoso reconhecer que o resultado não espelha totalmente o que se passou em campo, na medida em que, se é certo que o sucesso da PGA de Portugal acabou por nunca estar em dúvida, os embates foram mais equilibrados do que poderia pensar-se à partida.
 
Apesar de contar com três jogadores de sub-16 e outros três de sub-18, a formação da FPG, campeã da competição em 2012 e 2013 e comandada pelos Treinadores Nacionais, Nélson Ribeiro e Hugo Pinto, deu muito que fazer e cinco dos dez singulares de hoje só foram decididos no último buraco.
 
O dia começou logo bem para a PGA de Portugal, com a confirmação da vitória no duelo de pares (“foursomes”) que tinha ficado por concluir ontem, no qual João Carlota e António Sobrinho impuseram-se por “1 up” (uma vez mais, no último buraco) Francisco Oliveira e Vítor Lopes.
 
Isso fez com que a PGA de Portugal partisse para os singulares com a vantagem de 6,5-3,5. Com 3 pontos a separar as equipas, já seria necessário um início muito forte dos amadores para que os profissionais pudessem eventualmente acusar a pressão, mas foi exatamente o contrário que aconteceu.
 
Quando Afonso Girão venceu, finalmente, o primeiro “match” do dia para a FPG (com um “putt” de 10 metros no buraco 18), já a PGA de Portugal tinha somado vitórias com Tiago Rodrigues, Tiago Cruz, João Ramos, João Carlota e Gonçalo Pinto.
 
Com 11 pontos garantidos, o triunfo final estava assegurado.
 
A partir daí, apenas por uma questão de brio, continuou a lutar-se – e muito – com os três “matches” seguintes a serem empatados no 18: António Sobrinho com Francisco Oliveira, Ricardo Santos com Vítor Lopes, e Tomás Silva com Pedro Lencart. Miguel Gaspar deu o último ponto do dia aos profissionais.
 
Manuel Agrellos, o homenageado, acompanhou a competição nos dois dias e resumiu bem o que viu em campo: «Em todas as três sessões deu ideia de que os amadores estavam a equilibrar as coisas, mas depois, nas fases finais, nos últimos buracos, viu-se bem quem tem mais experiência».
 
Com efeito, a PGA de Portugal ganhou as três sessões: 3,5-1,5 em “fourball”, 3-2 em “foursomes” e 7,5-2,5 em “singles”. Não há qualquer discussão sobre a justiça do resultado e hoje viu-se a verdadeira fibra e qualidade dos “pros” portugueses, mas estes jovens amadores mostraram garra e ambição.
 
Houve alguns “matches” escaldantes e o empate de Ricardo Santos com Vítor Lopes poderá ter sido o prato forte. «Nunca perdi um singular na Taça Manuel Agrellos, joguei um dos meus melhores “match play” de sempre e mesmo assim não consegui ganhar-lhe, o que diz bem da qualidade de jogo do Ricardo», disse o amador Vítor Lopes, que terminou a prova com 2 “birdies”.
 
Também em entrevista à SportTV, Ricardo Santos avisou que cheguou «a estar atrás no marcador» e que precisou de 4 “birdies” nos últimos cinco buracos para empatar». Um duelo que terminou com 2 “birdies” no buraco 18 diz tudo sobre a sua espetacularidade. 
 
Na cerimónia de entrega de prémios estiveram presentes Marco Andrade (diretor do Montado Resort), Miguel Franco de Sousa (presidente da FPG), José Correia (presidente da PGA de Portugal), Manuel Agrellos (o homenageado) e os dois técnicos da seleção nacional da FPG, Nélson Ribeiro e Hugo Pinto.
 
«Foram “matches” muito interessantes, os mais novos têm uma motivação extra por defrontarem as suas referências e deram tudo o que tinham e não tinham. Conseguiram atingir performances que noutros ambientes não conseguiriam», comentou o selecionador nacional da FPG, Nélson Ribeiro.
 
«Estou muito contente, é importante a PGA de Portugal ganhar e os profissionais mostraram a sua qualidade, respeitando sempre os amadores. A equipa da FPG é jovem, mas muito empenhada, bem treinada e super motivada. Mas a PGA de Portugal esteve à altura do desafio», analisou José Correia, o capitão tetracampeão.