China cresce com redução de riscos e reformas

O Banco Mundial prevê que a China cresça 6,8% este ano, 6,4% no próximo e 6,3% em 2019. As medidas restritivas de Pequim para reduzir riscos e aprofundar reformas justificam as previsões.

De acordo com o Banco Mundial (BM), a recuperação do comércio mundial foi um fator importante na manutenção da atividade económica chinesa durante este ano, a par da continuidade das reformas para reduzir a alavancagem, o aumento da confiança das empresas, a criação de emprego, a estabilização das saídas de capital e a valorização do yuan.

"As autoridades empreenderam um conjunto de medidas políticas e reguladoras destinadas a reduzir os desequilíbrios macroeconómicos e limitar os riscos financeiros sem um impacto significativo no crescimento", destaca um responsável do BM.

Desde 2016 que Pequim adotou importantes medidas para reduzir a alavancagem da economia, como uma política monetária mais restritiva e uma série de normas para reduzir os riscos financeiros, o que se traduziu numa descida do aumento do crédito.

Estas medidas, a par com a continuidade das reformas do Governo, fazem com que a organização preveja um abrandamento do crescimento económico nos próximos dois anos.

Segundo uma outra responsável da instituição, "as condições económicas favoráveis fazem com que seja um momento especialmente oportuno para reduzir ainda mais as vulnerabilidades macroeconómicas e procurar um desenvolvimento de melhor qualidade, mais eficiente e sustentável".

A política monetária prudente, uma regulação mais rigorosa do setor financeiro, a continuidade do esforço do Governo central para reestruturar a economia e controlar a alavancagem vão contribuir para essa moderação do crescimento.