CTT. Estas são as 22 lojas que vão fechar

O plano de reestruturação dos CTT previa, desde cedo, o fecho de algumas lojas. No entanto, não era conhecido o número.

De acordo com o ECO, em questão estão então 22 encerramentos. E, pode não ficar por aqui. A mesma publicação avança que Francisco Lacerda fez chegar à Comissão de Trabalhadores um pedido de parecer sobre o possível fecho destas 22 unidades.

Apesar de não haver ainda resposta por parte dos CTT, as lojas que deverão ser fechadas são Junqueira, Avenida (Loulé), Universidade (Aveiro), Termas de S. Vicente, Socorro (Lisboa), Riba d’Ave, Paços de Brandão (Santa Maria da Feira), Lavradio (Barreiro), Galiza (Porto), Freamunde, Filipa Lencastre (Belas), Olaias (Lisboa), Camarate, Calheta (Ponta Delgada), Barrosinhas (Águeda), Asprelas (Porto), Araucária (Vila Real), Alpiarça, Alferrarede, Aldeia de Paio Pires e Arco da Calheta (Madeira).

CTT. Queda de 50% do negócio tradicional dita profunda reestruturação

A queda do negócio tradicional dos correios, aliado ao investimento feito pela empresa para lançar o Banco CTT, forçaram a empresa a lançar um profundo programa de reestruturação até 2020, altura em que termina o contrato de concessão, que prevê, entre várias medidas, a saída de mil trabalhadores e fecho de balcões com pouca procura. A empresa espera poupar até 45 milhões de euros, mas os alarmes voltaram a soar em torno da capacidade de cumprimento das obrigações do serviço postal e só os investidores parecem suspirar de alívio com as ações a disparar em bolsa após semanas de quedas contínuas.

A empresa fala ainda em reduzir o dividendo, cortar até 25% os salários dos membros da administração, reduzir os gastos com fornecedores e serviços externos e concessionar a gestão de postos de correios a terceiros.

Num comunicado do conselho de administração dos Correios a que o i teve acesso, a empresa aponta para uma quebra de 50% do volume de correio endereçado desde 2001. Nessa altura, o volume atingia 1,4 mil milhões de correio endereçado para atingir os 0,7 mil milhões nos últimos 12 meses até setembro deste ano. Ao mesmo tempo, os CTT têm assistido a uma aceleração da queda do correio endereçado nos últimos trimestres com uma queda de 6% nos primeiros nove meses do ano (face a quedas médias de cerca de 4% entre 2014 e 2016).

“Com a diminuição da atividade do correio torna-se fundamental o desenvolvimento de alavancas de crescimento, nomeadamente a atividade de expresso e encomendas suportada no comércio eletrónico e o reforço da atividade financeira através do Banco CTT, lançado na rede de lojas em março de 2016”, diz a empresa na mesma carta.