Islândia proíbe desigualdade de salários entre sexos

Empresas passam a ser obrigadas a apresentar um documento que prove que pagam o mesmo salário a homens e mulheres que desempenhem as mesmas funções

A Islândia passa a ser o primeiro país do mundo a proibir o pagamento de salários diferentes a homens e mulheres que desempenhem as mesmas funções. De acordo com a nova legislação, empresas com mais de 25 trabalhadores têm de apresentar um documento oficial que comprove a igualdade salarial.

Se não o fizerem, são multados pelo Estado. A nova lei foi votada por largo consenso no parlamento, entrou em vigor no dia 1 e faz parte do pacote de medidas para erradicar a desigualdade de género até 2022.

"A nova lei  pode ajudar a mudar atitudes relativamente às mulheres no trabalho e na polícia, e pode inspirar outros países a fazer o mesmo”, afirmou Virginie Le Masson, investigadora no Overseas Development Institute, à Reuters. “Há inúmeras evidências de que as mulheres trabalharam tanto quanto os homens e que mesmo assim recebem menos”, acrescentou.

Graças a esta medida histórica, a Islândia volta a posicionar-se como um exemplo no combate contra a desigualdade entre géneros. De acordo com o Fórum Económico Mundial, a Islândia surge em primeiro lugar no índice de igualdade de género. 

Portugal, por seu turno, surge na 33ª posição. Em Portugal a desigualdade salarial é de 16,7% , de acordo com números de 2015.

A primeira-ministra islandesa Katrin Jakobsdottir tem na igualdade de género uma das bandeiras. O parlamento do país nórdico já é composto por 38% de mulheres.