A polémica continua. “Fiquem com o pernil podre”, diz Maduro

Presidente venezuelano voltou a falar no assunto

Nicolás Maduro voltou a falar sobre a polémica do pernil de porco – desta vez, apontou o dedo à Colômbia.

O presidente venezuelano afirmou que as duas mil toneladas de pernil que a Venezuela tinha comprado ao país vizinho apodreceram depois de terem ficado retidas na fronteira.

"O que se passou na fronteira com a Colômbia não tem nome: conseguimos comprar com dinheiro nosso, da Venezuela, dos nossos compatriotas, duas mil toneladas de pernil (…) e proibiram que passasse a fronteira. E qual foi o resultado? Apodreceram os pernis que foram importados e pagos legalmente da Colômbia para a Venezuela", disse esta sexta-feira Maduro, durante o discurso de balanço de 2017.

“Fiquem com o pernil podre, que a Venezuela continua no seu caminho de liberdade”, exclamou.

Recorde-se que, durante a época do Natal, Nicolás Maduro prometeu distribuir este alimento pelo povo venezuelano, mas a entrega acabou por não aconteceu e o presidente culpou outros países, incluindo Portugal.

“O que se passou com o pernil? Fomos sabotados e posso dizer de um país em particular, Portugal. Estava tudo pronto, comprámos todo o pernil que havia na Venezuela, mas tínhamos que importar. Mas perseguiram-nos a conta bancária, perseguiram os dois barcos gigantes que vinham e sabotaram-nos", afirmou Maduro na altura.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, fez questão de clarificar o que se estava a passar, garantindo que  "o governo português não tem, seguramente, esse poder de sabotar pernil de porco”.