Há 33 anos, médicos aconselharam a desligar o suporte de vida de Hawking. Físico faz hoje 76

O livro ‘Uma Breve História do Tempo’ é a sua obra mais conhecida – já vendeu mais de 10 milhões de exemplares

Hoje, um dos génios dos nossos tempos faz anos. Poderia estar morto há 33 anos, mas a sua força de vontade e o apoio da família acabaram por fazer com que, ainda hoje, tenho uma palavra a dizer sobre os temas mais importantes da atualidade.

Stephen Hawking completa esta segunda-feira 76 anos. Tinha 21 quando lhe foi detetada Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), uma doença degenerativa que paralisa os músculos do corpo, sem atingir as funções cerebrais.

Na altura em que a doença foi diagnosticada, os médicos deram-lhe apenas dois anos de vida – de acordo com as estatística realizadas, a (ELA) costuma ser fatal para os seus portadores logo nos primeiros cinco anos. Hawking, considerado hoje um dos maiores físicos de todos os tempos, desafiou os números e vive há mais de 50 anos com a doença.

Mas a história deste génio podia ter sido muito diferente: em 1985, Hawking foi colocado num coma induzido, num hospital em Genebra, na sequência de uma pneumonia. Na altura, os médicos aconselharam a família a desligar o suporte de vida, mas a sua mulher, Jane, recusou.

“Os médicos achavam de tal forma que eu era um caso perdido que aconselharam a Jane a desligar a máquina. Ela recusou e fez questão que eu fosse transferido para Cambridge. As semanas que se seguiram foram as piores da minha vida”, disse o físico no documentário ‘Hawking’, em 2013.

Stephen Hawking acabou por recuperar e continua a ser uma voz ativa na sociedade dos nossos dias. ‘Uma Breve História do Tempo’, o seu livro mais conhecido, já vendeu mais de 10 milhões de exemplares e o físico continua a ser convidado para participar nas maiores e mais importantes palestras do mundo – em novembro do ano passado, Hawking foi o ‘convidado surpresa’ da última edição da Web Summit, que decorreu em Lisboa.