Colocação de médicos no SNS sem resposta da tutela

SIM enviou ofício ao Ministério da Saúde a pedir concursos

Colocação de médicos no SNS sem resposta da tutela

O Sindicato Independente dos Médicos quer uma resposta da tutela sobre a colocação dos médicos que concluíram o internato da especialidade hospitalar em 2017 mas ainda não foram recrutados para os hospitais com maior défice de médicos no SNS. É isso que tem acontecido nos últimos anos mas, desta vez, ainda não foram divulgados os mapas de vagas nem para os 450 médicos que concluíram a especialidade em abril nem para os médicos que terminaram o internato em outubro.

Num ofício enviado ao ministro da Saúde, o SIM lembra que há 700 médicos recém-especialistas das mais diversas especialidades da área hospitalar e de saúde pública a aguardar. “É incompreensível que, numa altura de caos nos serviços de urgência, estes médicos não estejam já colocados nos hospitais onde fazem mais falta, suprindo a carência de médicos que se verifica em inúmeros hospitais”.

O SIM reitera que, a cada dia que passa, “têm sido vários os recém-especialistas que decidem fazer cessar o seu contrato de médicos internos nos estabelecimentos do interno, onde continuam a ser remunerados como internos, optando pelo setor privado ou pela emigração”, considerando que a inação do governo é “diretamente responsável pelo agravamento do défice de recursos humanos que se verifica em todo o SNS”.

A tutela não justificou até ao momento o atraso na abertura do concurso. Pelo menos no caso dos médicos que concluíram o internato em abril do ano passado, o concurso era esperado ainda no final de 2017. No início deste ano, o governo fez apenas saber que este mês vão iniciar funções no SNS quase mais 4 mil internos, o maior número de sempre de jovens médicos em formação no SNS.