Desemprego em mínimos de 2009

A taxa de desemprego na zona euro caiu para os 8,7%, um novo mínimo desde janeiro de 2009. Portugal teve a segunda maior quebra homóloga no desemprego, e na Alemanha, o desemprego crónico diminuiu para metade em dez anos. 

Segundo o Eurostat, a a taxa de desemprego anual baixou, em novembro último, para 8,7% na zona euro e 7,3% na União Europeia (UE). No conjunto dos países da moeda única, o número não se registava desde janeiro de 2009 e no conjunto dos Estados-membros da UE desde outubro de 2008.

Na zona euro, os 8,7% de novembro comparam com 8,8% em outubro e 9,8% em novembro de 2016. Na UE o desemprego baixou para 7,3%, em novembro de 2017, valor que compara com 7,4% no mês anterior e 8,3% em termos homólogos.

Segundo o gabinete de estatísticas da UE, Portugal teve a segunda maior quebra homóloga no desemprego, de 10,5% em novembro de 2016 para 8,2% em novembro de 2017. Na segunda-feira o INE tinha antecipado que 8,2% seria a taxa de desemprego em novembro último, o valor mais baixo desde dezembro de 2004.

A maior quebra homóloga foi a da Grécia (de 23,2% para 20,5%, segundo dados de setembro) e depois de Portugal veio a Croácia (de 12,5% para 10,4%) e  Chipre (de 13,1% para 11,0%).

As mais baixas taxas de desemprego anuais foram na República Checa (2,5%), em Malta e Alemanha (3,6% cada). As mais altas registaram-se na Grécia (20,5%, dados de setembro) e Espanha (16,7%).

Na Alemanha, maior economia da zona euro e da UE, o Instituto de Estudos do Mercado de Trabalho revelou que o desemprego crónico diminuiu de 6% em 2006 para 3% em 2015.

Segundo o estudo deste centro de investigação ligado à Agência Federal de Emprego havia em 2015 1,2 milhões de desempregados crónicos, contra 1,6 milhões em 2006.

Segundo o estudo, estão em desemprego crónico as pessoas que estiveram doze meses ou mais sem trabalho e também aquelas que tiveram trabalho por pequenos períodos de tempo ou que participaram em medidas de formação e voltaram a estar desempregadas.

Quase metade dos desempregados crónicos está nessa situação desde há pelo menos cinco anos e apenas 15% destas pessoas consegue, neste espaço de tempo, sair desta situação e arranjar um emprego estável.

De acordo com os últimos dados da Agência Federal de Emprego, na Alemanha estavam desempregadas 2533.000 pessoas em 2017, menos 158.000 que no ano anterior.